quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

MUITO CACIQUE PRA POUCO ÍNDIO

“Meu objetivo foi sempre liberar o som e abrir amplamente à música pra todo o universo dos sons.” (Edgar Varèse)



Trabalhei na Escola de Música Dimenson de 2002 a 2005 e foi lá que tive minha primeira experiência com um grupo de violões. De cara apelei pra tablatura e contei com o ouvido da galera mas no decorrer do processo fui vendo que cada aluno tinha uma limitação ou uma facilidade e que cada um tinha que ter um acompanhamento individual, na medida do possível, é claro. Percebi também que assim como numa empresa, onde cada membro tem uma função a partir do seu potencial, nesse tipo de formação não era diferente, e que a gente, como professor, tem o desafio de saber explorar isso e fazer com que todos possam colaborar com o seu melhor. Mas depois que consegui colocar num palco vinte violões executando Eleanor Rigby dos Beatles vi que dava pra fazer muita coisa, mesmo sem os recursos da partitura ou tendo todos os integrantes com nível técnico intermediário ou avançado. Sempre quis repetir a dose e se em todos esses anos que se passaram não consegui mais reunir uma quantidade razoável de alunos com pique suficiente pra topar uma encrenca dessas, agora é o momento. Além dos ótimos alunos de violão e guitarra, tenho nas mãos alguns alunos de baixo que já flertaram com o violão e a turma de teoria que já demonstrou em aula que ta pronta pro que der e vier. Tô tão curioso e empolgado pra juntar esse povo que já pensei até num recital com várias canções. Dentre elas já confirmei a dos Beatles e o Hino Nacional. Os arranjos já tô começando a escrever e o time já tô formando. Só não sei ainda pra quem vou dar as camisas de atacante.



postado ao som de “Seu Troféu” (Gram)

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