quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

DESMISTIFICANDO

"Às vezes você quer desistir da guitarra, você passa a odiá-la. Mas se você insistir, será recompensado," (Jimi Hendrix)


Muita gente não sabe que quando começa a estudar um instrumento de cordas, por tabela já tá se desenvolvendo pra outros instrumentos similares. Tirando os chamados instrumentos de cordas com arco (violino, violoncelo, viola, baixo acústico), todos os outros seguem o mesmo padrão na mão esquerda. Ou seja, a velha digitação com os dedos 1, 2, 3 e 4 serve pro pessoal do cavaquinho que quer tocar o “Brasileirinho”, pro violonista clássico que estuda 10 horas por dia aquela peça do Fernando Sor, pro menino roqueiro que quer solar na guitarra aquela balada do Joe Satriani e principalmente pros baixistas que, tocando um pop ou um groove, só trabalham com frases. E nos acordes a coisa não é diferente. A técnica que se desenvolve com os shapes (desenhos) de uma posição num banjo ou num violão, pode ser aplicada em outros instrumentos porque as “fôrmas” que se moldam facilitam na construção de novos desenhos e assim os dedos calejados respondem melhor. Então as diferenças ficam com a mão direita? Nem sempre. A mesma palhetada que o bandolinista usa naquele chorinho pode ser repetida por um guitarrista de jazz. E a puxada utilizada numa valsa ou um dedilhado de uma canção romântica no violão podem ser adaptados pra uma viola caipira tranquilamente. Resumindo: quem aprende um aprende vários! Sair de um instrumento pro outro não é nenhum bicho de sete cabeças. Decorar outros desenhos de acordes, trocar a corda de nylon pela de aço, acostumar com o intervalo menor ou maior entre as cordas, beliscar ou palhetar as mesmas, tudo isso é só uma questão de dias ou horas! E foi com o intuito de esclarecer essas e outras questões que resolvi montar esse curso intensivo de cordas que sempre ministro nas férias escolares. O curso rápido que tem a duração de no máximo um mês abordará temas como postura, intervalos no braço, técnicas de mão direita, tablatura, escalas, divisão rítmica, patterns, caged, além de servir pra tirar dúvidas e abrir a cabeça da moçada.


postado ao som de “Desvairada” (Raphael Rabello)

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