sábado, 31 de janeiro de 2009

PERMUTA

"A música precisa dar assistência a todo esse lixo de sociedade. A música tem que mostrar saídas para se vencer a estagnação. Ela tem que ser verdadeira mas também bem-humorada. E isso não é política.". (Johnny Rotten)


Minha idéia de parceria é o óbvio: colar com pessoas ou empresas que tenham em comum a música como atividade. Lojas de instrumentos e CDs, estúdios de gravação e ensaio, rádios, igrejas, shopings, bares e restaurantes que tenham musica ao vivo... Mas pode ser também uma livraria ou um clube. Ou até mesmo uma escola ou fábrica. É que quero tentar introduzir a música onde normalmente não existe. Alguns estabelecimentos poderiam divulgar nossa escola e em troca a gente colocaria musica ao vivo ou daria um desconto nos nossos cursos pros funcionários. Sou meio pessimista quando se trata de vender o peixe porque não tenho muita paciência pra ficar esmolando o que na verdade é benefício pra todos. Já tive experiências negativas desse tipo. Quando lembro do Sesi (de São Bernardo) e do Multishop me dá raiva. O pessoal não tem a menor sensibilidade nem cabeça aberta pra perceber que cultura é importante. Música então nem se fala. Mas será que o problema tá só na falta de visão desses caras? Será que eu também tenho que melhorar como vendedor? Talvez eu deva ser mais insistente, mais paciente e mudar minhas táticas de abordagem. Acho que antes da próxima investida vou ler a biografia do Ghandi e O Empreendedor do Roberto Justus.


postado ao som de “Copacabana” (Móveis Coloniais de Acaju)

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

NEANDERTHAL

“Não vivo nem no passado nem no futuro; estou afirmado no presente. Não posso saber que é o que tem de trazer consigo no dia de manhã; posso tão só ater-me ao que hoje é para mim uma certeza.” (Igor Stravinsky)


Há pouco mais de dez anos eu assistia vídeo aula no meu vídeo cassete e achava aquilo o máximo: poder ter aquele ídolo, aquele músico virtuoso ou aquele grande professor na minha casa me falando sobre seu instrumento na hora que eu quisesse. Complicado era quando o cabeçote sujava ou a fita mofava. Hoje olho pra minha coleção de vídeo aulas e não tenho a menor saudade daquele ritual de colocar a fita pra assistir. E aconteceu tudo muito rápido. Com o advento do DVD tudo ficou mais fácil, mais simples. Se quero assistir a parte final de um show ou filme, hoje vou direto no ponto através do menu, sem precisar ficar esperando e olhando a numeração enquanto a fita corre. E com o surgimento do Youtube, a revolução se fez de vez. Agora assisto os mesmos músicos que eu assistia naqueles vídeo aulas em performances ao vivo e em várias versões. Mais doideira ainda é pensar que eu mesmo posso colocar meus vídeos lá e divulgar pros amigos ou pros alunos. Com uma maquininha digital eu faço, refaço, deito e rolo na hora de gravar/filmar uma música ou uma lição. Lembrando dessas aulas, pensei em aproveitar toda essa tecnologia aqui na escola. Quero montar alguns vídeos didáticos dando dicas pra moçada, tocando aquela música que ninguém acha em lugar nenhum e até mesmo registrar momentos únicos como aquele encontro de alunos que nunca se viram e mesmo sem ensaio saíram tocando aquela música. Dá pra fazer muita coisa: filmar canjas de aluno com o professor, registrar preparação de arranjos e ensaios pra audição e sarau... Por isso não vejo a hora do pessoal começar a ensaiar pra eu começar a preparar esse material e jogar tudo lá no Youtube. Mas como sou um homem das cavernas, ainda não me acostumei com tudo isso. Tô aprendendo a mexer pra tentar fazer legal. Espero que logo.


postado ao som de “TNX” (Naná Vasconcelos)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

RESGATE

“O essencial está no povo. Não gosto de copiar do verdadeiro material folclórico; mas deve-se ir às fontes naturais, viventes, estudar os sons, os ritmos, utilizar seu essência, não o que exteriorizam.” (Manuel de Falla)


Venho percebendo que aqui na nossa região existe uma carência muito grande de professores na área de música popular brasileira, mais especificamente no samba e no choro. Não sei dizer em outras cidades mas aqui no nosso pedaço é muito difícil encontrar professores de cavaquinho, banjo, bandolim e percussão. A maioria da escolas de música vizinhas não dá sequer uma opção como um professor de bateria dando toques de percussão ou um professor de cordas tentanto ajudar a galera do cavaquinho. Muitas nem colocam esses cursos na sua divulgação. E quem ganha com isso é a nossa escola. Desde que começamos a procura por esses cursos tem crescido. Todas as vezes que verifico o número de alunos por instrumentos o cavaquinho é um dos que mais aparece. A média oscila entre doze e quinze alunos. Atualmente acredito estar perto dos vinte tamanha a procura e matrículas. Por isso tive a idéia de montar também a orquestra de cavaquinhos. Assim aproveito todos os alunos independente do nível técnico. Tô com a idéia de preparar alguns clássicos de choro, valsa e samba canção, com arranjos simples pros iniciantes e o tema (solo) pros avançados. Todo mundo participa, os mais jovens acabam conhecendo os grandes compositores do gênero e seu repertório, e todo mundo acaba resgatando esse material tão rico que não toca nas rádios nem nos botecos da vida.



postado ao som "Cabidela" (Monbojó)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

MUITO CACIQUE PRA POUCO ÍNDIO

“Meu objetivo foi sempre liberar o som e abrir amplamente à música pra todo o universo dos sons.” (Edgar Varèse)



Trabalhei na Escola de Música Dimenson de 2002 a 2005 e foi lá que tive minha primeira experiência com um grupo de violões. De cara apelei pra tablatura e contei com o ouvido da galera mas no decorrer do processo fui vendo que cada aluno tinha uma limitação ou uma facilidade e que cada um tinha que ter um acompanhamento individual, na medida do possível, é claro. Percebi também que assim como numa empresa, onde cada membro tem uma função a partir do seu potencial, nesse tipo de formação não era diferente, e que a gente, como professor, tem o desafio de saber explorar isso e fazer com que todos possam colaborar com o seu melhor. Mas depois que consegui colocar num palco vinte violões executando Eleanor Rigby dos Beatles vi que dava pra fazer muita coisa, mesmo sem os recursos da partitura ou tendo todos os integrantes com nível técnico intermediário ou avançado. Sempre quis repetir a dose e se em todos esses anos que se passaram não consegui mais reunir uma quantidade razoável de alunos com pique suficiente pra topar uma encrenca dessas, agora é o momento. Além dos ótimos alunos de violão e guitarra, tenho nas mãos alguns alunos de baixo que já flertaram com o violão e a turma de teoria que já demonstrou em aula que ta pronta pro que der e vier. Tô tão curioso e empolgado pra juntar esse povo que já pensei até num recital com várias canções. Dentre elas já confirmei a dos Beatles e o Hino Nacional. Os arranjos já tô começando a escrever e o time já tô formando. Só não sei ainda pra quem vou dar as camisas de atacante.



postado ao som de “Seu Troféu” (Gram)

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

AMBIGUIDADE

"O punk nasceu de uma maneira bem pouco musical. Eu estava andando com minha camiseta 'Eu odeio Pink Floyd' e fui convidado para ir à loja Sex de Malcom Mclaren. Como não sabia cantar, fiz mimícas de uma música do Alice Cooper." (Johnny Rotten)


Ontem na saída da escola nos encontramos com duas figuras marcantes que já tem a sua história dentro da nossa escola: o casal Tatão e Laís. A Laís, que foi aluna de violão do meu irmão por quase um ano, só parou porque não tava conseguindo conciliar a escola e a música, mas disse que volta em breve. A garota simpática e tímida com seu jeitão de moleque, olhar de pidona e semblante de princesa adora Green Day e Legião Urbana e é uma menina cativante. Me parece ser daquelas pessoas que vestem a camisa quando você precisa dela ou a convida pra participar de algum evento. Pelo menos foi assim quando logo nos primeiros meses de aula ela deu uma canja naquele barzinho onde tentamos uma parceria. Tocou quinem gente grande e não tava nem aí pra torcida. Adorei e provavelmente na próxima bagunça devo chamar a guria.

Demetrius, o Tatão que é como gosta de ser chamado, conheci em 2004 quando foi estudar comigo numa outra escola. A química entre a gente rolou tão rapidamente que logo na segunda aula o cara já veio me confidenciar coisas da sua rotina. Apesar de ora irreverente, ora ranzinza, aos poucos fui me acostumando com essa figura difícil de lidar justamente por ser um sujeito transparente e autêntico mas orgulhoso e radical. Nos tornamos companheiros por causa das coincidências nas opiniões e visões do mundo, da sociedade, do ser humano, das mulheres... Exceto na música. Enquanto eu pedia pra ele ouvir, tocar e experimentar novas sonoridades ele insistia em ficar somente com seu Pink Floyd. Nos dois anos que estudou comigo praticamente 99% do repertório era Pink Floyd. Acabei descobrindo muita coisa da obra dessa banda maravilhosa mesmo eu já tendo até passado pelo Ummagumma. Ele era tão desencanado de outras bandas que me deu de presente sua camiseta do Led Zeppelin e um cd do Radiohead. Cara louco! E não é que pra minha surpresa nesse último encontro descobri que o menino mudou da água pro vinho! Montou uma banda pra trabalhar com suas composições, cortou o cabelo tipo moicano, anda ouvindo grunge, rock and roll e até Sex Pistols! Vai entender. As idéias radicais continuam, as camisetas com palavras de ordem também mas o coração... Adorei saber que depois que meu irmão apresentou a Lais pra tocar em sua banda, os dois se deram muito bem não só musicalmente. Estão namorando há um mês e espero que essa parceria vá longe. Torço também pra que ela convença ele a tirar aquele corte horrível no cabelo. As pessoas mudam. Ele não mudou? Pelo menos musicalmente.


postado ao som de “Dias de Luta” (Ira!)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

VIA CRUCIS

“Preciso um palco. Sem ele não sou nada.” (Georges Bizet)


Em todos esses anos de experiência que tenho em escolas de música todas as vezes que acompanhei ou participei de uma audição de alunos percebi que a falta de tempo e desorganização são os maiores obstáculos pra obtenção de um bom resultado. Sei que é difícil preparar tanta gente com idades, personalidades, estilos e até religiões diferentes. E depois de ver tanta coisa esquisita ou tantos micos e “assassinatos” de músicas resolvi que quando fosse fazer a audição da nossa escola gostaria de começar os preparativos com bastante antecedência e de preferência com o repertório definido uns dois ou três meses antes do evento. Como o aniversário da escola é no final de março tive a idéia de reunir o pessoal e comemorar com a apresentação deles. Ainda tô pesquisando o material do repertório e sondando cada aluno pra ver quem é que vai encarar esse desafio. Tô bastante otimista mas sei que vamos ter que ralar pra fazer um bom espetáculo. Assim que definir as formações e músicas publico aqui.


postado ao som de “ Cais” (KatiaB.)

domingo, 25 de janeiro de 2009

METODOLOGIA

"Não sei uma nota de música. Nem preciso." (Elvis Presley)


Nunca gostei do formato das apostilas que as escolas normalmente vendem pros alunos. É sempre a mesma coisa: aquele texto manjado retirado de algum livro de teoria com aquela linguagem técnica que ao ser xerocado, ou copiado da internet vem com letras graúdas o que faz com que numa folha, xerocada somente de um lado, só caiba um assunto com umas dez linhas. Tem também os bracinhos com os acordes marcados que vem bem espaçados e também em tamanho grande pra no final da montagem dar um monte de folhas com o tal “dicionário” de acordes. Assim a apostila fica bem grossa mas conteúdo que é bom... Por essas e outras tô aqui me matando pra tentar montar uma “bíblia” pra cada instrumento. Além de usar os dois lados da folha quero expremer a letras pra caber bastante matéria usando uma linguagem simplicada que até os mais lesados possam entender. Quero também anexar nessas apostilas alguns daqueles Cds de estudo e inserir no método as cifras, tablaturas (ou partituras) de todas a músicas (vide modelo na foto do método do grande mestre Mozart Mello). Assim, antes de comprar, o aluno pode escolher aquele volume com as músicas que ele mais se identifica. É claro que é difícil agradar 100% num repertório mas certamente o aproveitamento do método vai ser bem maior.


postado ao som de “Terra de Ninguém” (Sabrina Malheiros)

sábado, 24 de janeiro de 2009

ESTUDIO

“Tocávamos em bares, dávamos o maior sangue e os caras ficavam conversando. Então aumentamos o volume até ser impossível conversar. E acho que funcionou!” (Bill Ward)


As coisas estão acontecendo mais rápido do que eu esperava. Pelo menos em relação ao estúdio de ensaio que a gente tava querendo montar. Na última quinta-feira conseguimos alugar mais uma sala e assim ampliar a escola com mais um espaço que deverá ser usado pras aulas de teoria, bateria pra prática em conjunto. E é aí que entra o estúdio de ensaio. É só a gente dar uma turbinada no equipamento. Já consegui consertar a potência e com a mesa de 12 canais que a gente tem já dá pra fazer um barulho. Agora é só arrancar o couro dos alunos e colocar a moçadinha pra tocar juntos.


postado ao som de “Chipanzé” (Toni Costa)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

SET LIST

"Eu tento usar a minha música como uma máquina para fazer estas pessoas agirem - para que façam mudanças" (Jimi Hendrix)


Uma das coisas que mais gosto de fazer é montar repertório. Seja pra tocar num show ou pra preparar um cd. Passo horas pesquisando músicas pra montar uma lista que seja coerente com o que pretendo apresentar. Se é pra uma banda de alunos tocar escolho as músicas depois de ouvir todos os detalhes dos arranjos de cada uma delas pensando no nível técnico de cada membro do grupo. Se é pra apresentar num espaço público faço o set list pensando na qualidade das músicas e na diversão mas também preocupado em soar comercial pra não afugentar os ouvintes. Se é pra um cd de estudo pra iniciantes tento reunir canções que sejam clássicos mas também que sejam didáticas com poucos acordes e arranjos simples. E é nesse tipo de seleção que tenho me concentrado ultimamente. Tô me organizando primeiramente com os títulos e suas temáticas. Já montei dois CDs de música instrumental pra bateristas: um de samba e um de funk. Também montei um de bateria no pop rock dos anos 80 que ficou bem legal com músicas das grandes bandas daquela década como Capital, Legião, Paralamas, Ultraje, Titãs, Ira!, Blitz entre outros. Meu irmão Daniel fechou dois volumes de guitarristas internacionais dentro do rock que praticamente contam a história desse instrumento desde os primórdios. Enquanto ele prepara o volume 1 de baixistas gringos tô preparando um de chorinho com os grandes clássicos tocados no cavaquinho ou no bandolim e um volume de sambas da década de 70. Outro que não vejo a hora de fechar é o de cantoras do rock brasileiro. Pro primeiro volume só faltam umas duas ou três faixas e até o final desse mês ele sai. São muitos títulos e muitos estilos e instrumentos. Vai dar trabalho mas vai ser gratificante apresentar esse material bacana pra moçada. Assim que preparar a lista com todos os títulos coloco aqui.


postado ao som de “Velha Infância” (Tribalistas)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

DESMISTIFICANDO

"Às vezes você quer desistir da guitarra, você passa a odiá-la. Mas se você insistir, será recompensado," (Jimi Hendrix)


Muita gente não sabe que quando começa a estudar um instrumento de cordas, por tabela já tá se desenvolvendo pra outros instrumentos similares. Tirando os chamados instrumentos de cordas com arco (violino, violoncelo, viola, baixo acústico), todos os outros seguem o mesmo padrão na mão esquerda. Ou seja, a velha digitação com os dedos 1, 2, 3 e 4 serve pro pessoal do cavaquinho que quer tocar o “Brasileirinho”, pro violonista clássico que estuda 10 horas por dia aquela peça do Fernando Sor, pro menino roqueiro que quer solar na guitarra aquela balada do Joe Satriani e principalmente pros baixistas que, tocando um pop ou um groove, só trabalham com frases. E nos acordes a coisa não é diferente. A técnica que se desenvolve com os shapes (desenhos) de uma posição num banjo ou num violão, pode ser aplicada em outros instrumentos porque as “fôrmas” que se moldam facilitam na construção de novos desenhos e assim os dedos calejados respondem melhor. Então as diferenças ficam com a mão direita? Nem sempre. A mesma palhetada que o bandolinista usa naquele chorinho pode ser repetida por um guitarrista de jazz. E a puxada utilizada numa valsa ou um dedilhado de uma canção romântica no violão podem ser adaptados pra uma viola caipira tranquilamente. Resumindo: quem aprende um aprende vários! Sair de um instrumento pro outro não é nenhum bicho de sete cabeças. Decorar outros desenhos de acordes, trocar a corda de nylon pela de aço, acostumar com o intervalo menor ou maior entre as cordas, beliscar ou palhetar as mesmas, tudo isso é só uma questão de dias ou horas! E foi com o intuito de esclarecer essas e outras questões que resolvi montar esse curso intensivo de cordas que sempre ministro nas férias escolares. O curso rápido que tem a duração de no máximo um mês abordará temas como postura, intervalos no braço, técnicas de mão direita, tablatura, escalas, divisão rítmica, patterns, caged, além de servir pra tirar dúvidas e abrir a cabeça da moçada.


postado ao som de “Desvairada” (Raphael Rabello)

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

SITE OFICIAL

“Mais oficial que isso é impossível! hahahaha....” (Flávia Canção Azul)



Né não?

postado ao som de "Violet Hill" (Coldplay)

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

BERNORRAGIA

"O verdadeiro significado das coisas se encontra na capacidade de dizer as mesmas coisas com outras palavras." (Charles Chaplin)


Em 2005 editei um fanzine chamado Bernorragia. Tinha esse nome porque fazia uma referência a São Bernardo do Campo que é carinhosamente chamada pelos seus de Bernô City. Como o fanzine falava de grupos dessa cidade, daí saquei esse nome. O objetivo principal era agrupar as pessoas e os membros daquelas bandas criando um movimento ou uma panela que pudesse fortalecer aquele grupo de artistas que falavam a mesma língua. Aos poucos os grupos foram se dissolvendo e aí o Bernorragia perdeu seu sentido. Esse novo informativo que pretendo montar tem mais ou menos a mesma função: além de divulgar a programação da escola e a agenda cultural da região quero com ele apresentar os novos talentos na música e em outras linguagens como poesia e quadrinhos entre outros. O nome ainda não defini. Alguém aí quer dar sugestões?


postado ao som de “We Are The Champions” (Queen)

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

VISÃO

"Para parecer alguma coisa é preciso ser alguma coisa." (Beethoven)

A idéia do fotolog é bem simples: poder reunir imagens que contem um pouco a histório desse espaço musical e registrar momentos mágicos que ficarão na memória de cada membro dessa família. De professores experientes a alunos iniciantes, de pequenos ensaios a shows memoráveis, esse fotolog deverá conter fotos que digam a todos que uma imagem vale por mil notas!


postado ao som de “Bom Sonho” (Nau)

domingo, 18 de janeiro de 2009

MÃOS A OBRA

“Por mais longa que seja a caminhada o mais importante é dar o primeiro passo.” (Vinícius de Moraes)


A partir de hoje vou falar dos projetos que tenho pra escola nesse ano. Provavelmente coisas novas devem surgir no meio do processo mas se eu não mudar de idéia ou não encontrar nenhum obstáculo pelo caminho, vou tentar completar as seguintes tarefas:

1. BLOG – esse que vos fala inaugurou a lista pra botar lenha na fogueira.

2. FOTOLOG – registro de aulas, ensaios e eventos dos alunos.

3. FANZINE – mais uma ferramenta pra divulgar trabalho de alunos e professores.

4. SITE/MYSPACE – criar layout definitivo com links atualizados e apresentação dos cursos e dos professores.

5. CURSO GRATUITO – intensivão de cordas com duração de um mês nas férias escolares.

6. CDs DE ESTUDO – temáticos e personalizados (vide foto)

7. MÉTODOS – apostilas com matérias e cifras das músicas dos CDs de estudo.

8. ESTÚDIO DE ENSAIO – pra visitantes e alunos que fizerem prática em conjunto.

9. AUDIÇÃO – primeira audição da escola que deve rolar no final de março.

10. ORQUESTRA DE VIOLÕES – com repertório popular e erudito.

11. ORQUESTRA DE CAVAQUINHOS – formação inusitada pra tocar vários estilos.

12. PARCERIAS – conseguir publicidade através de eventos pra empresas ou lojas do ramo.

13. VÍDEO AULA – gravação dos professores com dicas sobre técnica e repertório.

14. YOUTUBE – postagem de ensaios, eventos e canjas de alunos e professores.

15. COMPOSIÇÃO – criação e arranjos de letras e músicas dos alunos.

16. COLETÂNEA – CD com gravação das músicas dos alunos.

17. FORMAÇÃO DE BANDAS – com alunos que queiram executar material da coletânea

18. FESTIVAL – pra apresentação das músicas reunidas na coletânea.

19. CORAL – pra apresentação em espaços públicos ou eventos da prefeitura

20. SARAU – audições internas dos alunos agendadas por estilo.


postado ao som de ”February Song” (Josh Groban)

sábado, 17 de janeiro de 2009

PASSANDO VONTADE

"Num filme o que importa não é a realidade, mas o que dela possa extrair a imaginação." (Charles Chaplin)


Ontem o Henrique (guitarrista do Autonomia) me ligou e disse que iria no show do Elton John. Pagou mais de cem reais pelo ingresso e tava super empolgado pra ir. Fiquei com inveja dele mas já tô conformado com minha falta de tempo e minha dureza. Mas deu pra curtir um pouco pela tv mesmo com a edição esquisita da Globo. Me emocionei quando ele tocou Candle in the Wind e me decepcionei quando o show acabou e eles não passaram a minha favorita: Your Song. Não entendo quais os critérios da Globo pra escolher o que vai pro ar mas tá valendo. Pelo menos não fiquei na mão e relembrei outros clássicos do pianista que com sua banda me deixou morrendo de vontade de voltar a tocar e cantar. Agora é esperar pra ver se consigo acertar na megasena pra poder ir no show do Radiohead sem culpa.


postado ao som de “Rua Ramalhete” (Tavito)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

TIRO NO PÉ

"Eu penso que, no final das contas, nós somos totalmente rebeldes por causa de nossa postura contra aquilo que as pessoas entendem ser rebeldia. Aquela coisa toda de estrelas jogando seus carros dentro da piscina, isso não é rebeldia. Rebeldia começa em casa, em seu coração, em sua recusa de comprometer suas crenças e seus valores.” (Bono Vox)


Não gostei da minissérie "Maysa - Quando Fala o Coração", que acabou hoje. Assisti aos primeiros capítulos e depois desencanei. Além da história não me acrescentar nada, só serviu pra denegrir mais ainda a imagem de uma cantora que pra mim não fedia nem cheirava. Eu que sempre pesquisei personagens da música brasileira, nunca me interesssei pela obra dessa intérprete. Talvez pela sua voz que nunca me tocou ou pelo seu histórico. Assim que a minissérie começou, logo de cara fiquei incomodado com a porralouquice da personagem. Ao mostrar a mulher mimada, arrogante, aproveitadora, instável, desequilibrada, egoísta que foi, acho que o diretor Jayme Monjardim, filho único da cantora, foi muito infeliz na sua “homenagem”. Mesmo romantizando a história, acho que ele queimou mais ainda o filme da mãe. Aposto que muita gente, assim como eu, que não sabia da vida que essa doida levava, se surpreendeu com o comportamento dela em relação ao filho. Se no início vi nela um Cazuza de saia, no último capítulo vi que a coisa era mais feia ainda no diálogo da cena em que ele, o Jayminho, faz as pazes com a mãe. Pelo menos Cazuza apareceu e aprontou nos anos 80 e não foi um pai ausente (ele nem teve filho!). Não quero ser conservador nem machista. É que fico grilado quando ouço comentários de algumas jovens que festejam a figura da pinguça de carteirinha. Tô vendo que agora ser cachorra e mãe desnaturada virou sinônimo de mulher livre, de personalidade forte e a frente de seu tempo. Acho que agora já sei quem foi a maior influência da Amy Winehouse.


postado ao som de “Todo Amor Que Houver Nessa Vida” (Cássia Eller)

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

MEU ESPAÇO

"A música escondida não tem valor." (Aulo Gélio)

Finalmente consegui criar meu perfil no MySpace. Assim como nesse blog, tento todo dia atualizar e devagarinho tô aprendendo a mexer na minha página. Acho que o MySpace só não é tão popular como o orkut porque é um tanto complicado usar os comandos básicos. Mesmo assim tá bombando no meio musical. E foi justamente nesse segmento que o myspace cresceu no Brasil. Tô chegando agora no pedaço e ainda tô tentando entender como funciona aquele site, mas mesmo sabendo que muitos perfis de artistas consagrados na verdade são “fakes” ou homenagens que também podem funcionar como as comunidades do Orkut, me empolgo com algumas páginas e fico querendo turbinar a minha. Quando a gente se inscreve logo de cara você ganha blog, email, ferramenta de pesquisa, espaço pra criar um slide de fotos... Além disso você pode hospedar suas músicas no formato mp3 e deixar todas engatilhadas pra rolar assim que alguém acessa seu perfil. Bem interessante. Ainda agora encontrei o perfil do Lanny Gordin, grande guitarrista da música brasileira e um dos meus gurus. Fiquei contente ao ver a página dele toda colorida e arrumadinha, com a agenda de shows atualizada, fotos do início de carreira e músicas do seu último trabalho. Me lembrei que há uns dez anos atrás ele tava no total ostracismo e completamente esquecido pela mídia e pelo público. E agora que ele volta a conquistar algum espaço, também aproveita esse veículo pra divulgar seu trabalho e aparecer pras novas gerações. E sendo hoje a maior vitrine de artistas, o MySpace não é ignorado nem por monstros consagrados da música brasileira e mundial. Sendo assim, espero que o Lanny divulgue mais a sua obra e apareça pra mais pessoas. E eu também.


postado ao som de ”Delicado” (Waldir Azevedo)

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

SAUDADE

"Eu sabia que não podia ser Little Richard, mas pelo menos eu poderia ser um dos seus saxofonistas, pensei. Assim pedi a meu pai para emprestar dinheiro para comprar um sax. Foi assim que eu comecei." (David Bowie)


Hoje nosso professor de saxofone começou a dar aula pra um rapaz que tá tão pilhado pra aprender que agendou logo duas aulas semanais. O moço tem bom gosto e conhece bem clássicos do nosso cancioneiro. Tomara que não seja fogo de palha. Como seu repertório é pedreira e o saxofone é um instrumento que requer muita dedicação, acho que o cara vai ter que ralar. Sei o que tô falando porque já penei com esse instrumento. Meu primeiro contato com ele foi em 2006 quando uma aluna de contrabaixo me emprestou um. Ela ganhou de presente mas como não se identificou com o som e o instrumento tava parado... Apanhei muito pra tirar um som dele mas depois de meia hora soprando o danado consegui fazer um barulho. Depois disso peguei o jeito e a coisa fluiu rapidamente. Como eu tocava de ouvido não me preocupava muito com a transposição nem com a técnica. Ia na raça e conforme ia lembrando dos temas ia buscando na orelha cada frase melódica. O que me ajudou muito também foi uma aula que assisti na internet do professor Ivan Meyer. Ali descobri que a digitação não era tão complicada como eu tinha imaginado apesar do jogo de chaves complexo que só falta pedir pra você tocar com o cotovelo ou com a orelha direita. Mesmo praticando somente de vinte minutos a meia hora por dia acabei me surprendendo com o resultado: em três meses consegui brincar com algumas músicas e até canções com melodias difíceis como Wave do Tom Jobin saíram. Mas eu me divertia mesmo era tocando riffs de clássicos como o Tema da Pantera Cor de Rosa, Ska do Paralamas, I Feel Good do James Brown ou Sossego do Tim Maia. Infelizmente fiquei sem tempo e depois sem graça de continuar com o instrumento emprestado sem poder estudar. Entreguei pra minha aluna e desde então nunca mais toquei. Porém hoje matei um pouquinho a saudade. Antes da sua aula o professor Henrique me emprestou seu instrumento (um sax alto em Eb) e eu me deliciei. E não é que a embocadura e parte da digitação vieram de cara! É incrível como a gente não perde essas coisas. Você fica anos sem mexer num instrumento e quando retoma a informação tá lá bem guardadinha numa parte do cérebro. É claro que depois de 2 anos sem mexer não sobrou nenhuma música pra eu tocar. Como não lembrei de nada apelei: pedi pro meu irmão me acompanhar e aí mandei a primeira parte do Samba de Uma Nota Só.


postado ao som de “Strani Amori” (Renato Russo)

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

LISTAS

"Pensa! O pensamento tem poder. Mas não adianta só pensar. Você também tem que dizer! Diz! Porque as palavras têm poder. Mas não adianta só dizer. Você também tem que fazer! Faz! Porque você só vai saber se o final vai ser feliz depois que tudo acontecer." (Gabriel o Pensador)


Ainda tô me preparando pra encarar um novo ano. E todo janeiro é a mesma coisa: faço listas enormes de coisas que quero fazer e no final acabo fazendo só dez por cento. Imagine só se eu não fizesse lista? Então agora tô radicalizando e fazendo um monte de listas: lista de repertórios, lista de projetos, lista de alunos, lista de mudanças pra escola... Quer dizer, ainda tô fazendo a lista das listas, sacou?


postado ao som de “Conselho” (Almir Guineto)