quarta-feira, 29 de julho de 2009

TEMPO FEIO

“A dúvida é autora das insônias mais cruéis. Ao passo que, inversamente, uma boa e sólida certeza vale como um barbitúrico irresistível.” (Nelson Rodrigues)

O tempo continua nublado e eu desmilinguido. Depois de mais de 45 horas em atividade, finalmente consegui dormir. Nessa noite dormi 2 horas e continuo tirando uma onda de zumbi. A cara tá boa mas já nasceram 3 espinhas gigantes no meu queixo. O que será isso? Se eu me livrar do remédio vou rejuvenescer? Se meu corpo ficar limpo viro adolescente? Seria legal porque ai o físico corresponderia à mentalidade e eu não ficaria com tanta vergonha de certas atitudes. E já que sigo definhando, como a moda agora é Michael Jackson, não vai demorar muito pra eu me ver no clipe de Thriller.


Postado ao som de “Vento no Litoral (Legião Urbana)

terça-feira, 28 de julho de 2009

VEGETANDO

Se meus olhos mostrassem a minha alma, todos, ao me verem sorrir, chorariam comigo." (Kurt Cobain)

Ontem a aula de canto coral teve uma novidade: um novo professor. Depois de uma mudança no corpo docente da escola na semana passada, nosso professor de sax assumiu o grupo. Além de versátil e didático, Henrique Junior é um sujeito sério e autêntico que vem se tornando um grande companheiro, e não só no campo profissional . Na quinta-feira passada me chamou pra uma conversa séria. Tava querendo falar sobre o medicamento que tomo pra dormir. Como já trabalhou num hospital e já estudou sobre o assunto, veio me orientar e me aconselhar a largar o remédio. Disse a ele que tava me programando pra isso e que era só uma questão de tempo. Ele me incentivou a parar o mais rápido possível e acabei entrando na pilha dele. No sábado a noite resolvi radicalizar e decidi não tomar mais o tal do Rivotril pra ver no que ia dar. Veio o domingo mas não o sono. Passei o dia inteiro na cama pra ver se apagava em algum momento mas não rolou. Foi aí então que a coisa começou a ficar esquisita. Sem dormir, minhas viagens sobre tudo e todos aumentaram. Comecei a refletir sobre meu momento e fiquei mal. Só levantava pra me alimentar e em seguida voltava pra cama. De domingo pra segunda consegui cochilar 2 horas. Cada vez mais caído resolvi não ir pra escola ontem (essa foi minha primeira falta em dois anos e meio de escola). De pirraça passei o dia na cama e mais uma vez perdi meu dia. O tempo chuvoso que não melhorava só me derrubava mais. Lembrei da música do Kid Abelha. Novamente vieram pensamentos de todas as direções. Algumas vezes conseguia decifrar algumas incógnitas mas na maior parte do tempo meus questionamentos e problemas pessoais viravam um bicho de sete cabeças. Sabia que aquilo era só um momento, que todo esse tormento iria acabar mas a angústia tomou conta de tal forma que pedi a Deus que me desse forças. No final da tarde começou a dor de cabeça. O corpo agora começava a dar sinais de cansaço, a bateria finalmente tava acabando. Tomei um analgésico e consegui dormir 3 horas. Acordei com a cabeça doendo mais ainda e tomei outro analgésico. Mais 2 horas de sono e voltei a ficar aceso. Eram 3 da matina. Não consegui mais dormir e como não me sentia tão cansado, no final da manhã fui pra escola. Dei algumas aulas depois de meio dia e melhorei um pouco meu astral conversando com pessoas. Mas no final da tarde voltou a chover forte e o tempo ficou cinza. Dei uma piorada. O expediente acabou e o sono não veio. Mesmo assim continuei decidido a não tomar a porra do remédio. Vou ficar careta porque quero encarar de frente esse momento sem apelar pra nenhum paliativo. Enquanto não supero, enauanto o sol não aparece, vou montando uma trilha sonora na cabeça pra tentar me levantar.

Postado ao som de “You’ll be In My Heart” (Phil Collins)

domingo, 26 de julho de 2009

A DESPEDIDA


"A paixão quer sangue e corações arruinados, e saudade é só mágoa por ter sido feito tanto estrago." (Renato Russo)

A RAPOSA E O PRÍNCIPE


"...E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia. - disse a raposa.
- Bom dia. - respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui - disse a voz - debaixo da macieira...
- Quem és tu? - Perguntou o principezinho. - Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa - disse a raposa.
- Vem brincar comigo - propôs o principezinho. - Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo - disse a raposa. - Não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa - disse o principezinho - Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida - disse a raposa - Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exatamente - disse a raposa - Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
...e disse a raposa:
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe.
- Por favor... cativa-me! - disse ela.
- Bem quisera - disse o principezinho - mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a raposa - Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? - perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente - respondeu a raposa. - Tu te sentarás primeiro longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é sua - disse o principezinho - eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis - disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! - disse o principezinho.
- Vou - disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro - disse a raposa - por causa da cor do trigo.
- Adeus - disse ele...
- Adeus - disse a raposa.
- Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- Os homens esqueceram essa verdade - disse a raposa - Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."


Do livro "O Pequeno Príncipe" de Antoine Saint-Exupéry.



Postado ao som de "Church on Sunday” (Green Day)

sábado, 25 de julho de 2009

FELIZ ANIVERSÁRIO

Solidariedade, amigos , não se agradece, comemora-se." (Betinho)


O aniversariante do dia Daniel Vacani é:


O Sócio que administra,

O Professor que se dedica

O Mestre que simplifica

O Aluno que aprende

O Intérprete competente

O Multiinstrumentista que brilha

O Músico que aceita desafios

O Profissional que concentra no que faz

O Rapaz aberto a inovações

O Amigo que se coloca na frente

O Irmão que compartilha

O Parceiro que dá força

O "Filho" que ouve

O "Pai" que adota e ensina

O Sensível que enxerga além

O Iluminado que fala de Deus

O Homem que sempre olha pra frente

O Querido que cuida

O Equilibrado que controla a situação

O Companheiro que abraça a causa

O Chato que quer ver o preto e no branco

O Anjo que é um doce de pessoa

O Boa praça que levanta o astral

O Humilde que sabe abaixar a cabeça

O Ranzinza que quer que de tudo certo

O Moço bonito sem vaidade

O Garoto ingênuo de bom coração

O Guru que observa e ouve

O Sujeito que agrega

O Genro que muita sogra queria ter


Postado ao som de "Noite de Lua” (Andrey Shilov)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

OS MUQUIRANAS

"Diz-me e o esqueço, ensina-me e o recordo, envolve-me e o aprendo." (Benjamin Franklin)

Tipos de professores que me tiram do sério e de quem quero distância:


O arrogante que trata o aluno como um idiota e menospreza o mesmo falando da sua “superioridade”

O exibicionista que adora contar vantagem, mostrar seu instrumento, falar de onde tocou, mostrar sua técnica.

O pedante que passa mais tempo preocupado em mostrar seus conhecimentos e sua erudição do que em ajudar o aluno.

O racionalista que lê bastante, fala bem, adora gastar seu vocabulário e usa termos técnicos pra impressionar

O dono da verdade que considera seu gosto musical o melhor se desfazendo dos artistas preferidos do aluno

O intransigente que não respeita o gosto musical do aluno e não leva em consideração o gosto pessoal e a opinião do mesmo

O sisudo que não consegue relevar uma piada sem graça ou um comentário impertinente de algum aluno.

O incompetente que não tem didática pra motivar ou despertar a curiosidade do aluno pro seu instrumento.

O ditador que não aceita repertório dos alunos e impõe o seu sem respeitar suas limitações, preferências ou mesmo necessidades.

O mazoquista que passa músicas difíceis e complexas pro aluno somente pra mostrar serviço ou demonstrar que sabe muito

O mal amado que não deixa o aluno se expressar, é grosso, mal educado e leva seu mau humor e sua raiva pra sala de aula

O insensível que faz piada com a morte de algum artista que ele não simpatizava.

O orgulhoso que ao errar nunca tem a humildade de admitir seu vacilo, se corrigir ou se retratar.

O sem noção que faz piadas maliciosas e de mau gosto com alunas novas, casadas, religiosas, ou que não dão liberdade.

O egoísta que fica regulando matéria e não ensina o “pulo do gato” com medo do aluno aprender rápido e chegar no seu nível técnico.

O robô que e segue a mesma metodologia e programação com todos e não percebe que cada aluno deve ter um tratamento diferenciado.

O irresponsável que não se preocupa em avisar ao aluno que não vai poder ir na escola ou não se manisfesta pra repor eventuais faltas.

O sistemático que não admite atrasos, erros, lição incompleta ou brincadeiras durante a aula.

O covarde que não encara desafios quando o aluno tem alguma dificuldade de aprendizado por conta de uma deficiência física ou psicológica.

O imbecil que não sabe aproveitar a bagagem musical, intelectual e cultural daquele aluno talentoso e inteligente.

O babaca que não elogia nem comemora os 70 % de acerto do aluno mas adora valorizar 30 % de erro somente pra humilhar o iniciante.

O burocrático que só sabe jogar a matéria com seus símbolos falados e escritos pro aluno sem se preocupar em explicar suas funções na prática.

O impaciente que não quer perder tempo e acaba apelando pra grosseria querendo que o aluno aprenda na marra.

O invejoso que vive podando aquele aluno adiantado e não explora seu potencial e tudo o que o ele já traz pronto.

O malicioso que adora abraçar as alunas com a desculpa de que é amigo e carinhoso

O frio que não cria vínculo com seus alunos, não admite diálogos extras musicais, nem quer saber dos sentimentos e dos problemas deles.

O mercenário que só pensa na grana, trata os alunos como gados e olha pro relógio o tempo por não querer ficar mais com o aluno

O canastrão que atua e finge o tempo todo que sabe fazendo a imitação daquele professor que ele assistiu num video.

Postado ao som de "Culto de Amor" (Edgard Scandurra)

segunda-feira, 20 de julho de 2009

OLHOS VENDADOS

“Em vão buscaremos ao longe a felicidade, se não a cultivarmos dentro de nós mesmos.” (Rosseau)

OLHOS VENDADOS

Olhos vendados não vislumbram o remédio
Que provavelmente não estará num divã
Mas na escola, no primeiro emprego
Ou na casa de uma amiga da sua irmã

Olhos vendados não enxergam o espelho
Que você ignora insistentemente
Mas que é muito seu amigo
Desde que você se conhece por gente

Não ti agrada o que a natureza fez?
Quantos ti olharam mais de uma vez?

Os seus argumentos de que o mundo
Não é um equívoco
Não me convencem não
Só me cativam

Sei que mesmo uma multidão
Cortejando sua essência e beleza
Você fugirá incrédula
Derrotada pela incerteza

Quando você chegar
Não pense no que as pessoas vão achar de você
Quando você chegar só pense
O que achará delas e quem você vai escolher

Olhos vendados não olham pra traz
Onde é feio e triste o filme que passa
Ideal pra ti mostrar como és feliz
E o quanto você sempre sofre de graça

Olhos vendados não deixam perceber
Que os conselhos que você tanto quer
Todos nós compartilhamos
Sem cerimônia qualquer

Até os quinze você leu bastante
Que tal viver de agora em diante?

As vezes é bem mais fácil
Vencer um exército
Do que aquele outro inimigo
Que vive dentro de nós

Sei que sempre será fácil
Falar da angústia que não se vive
Sei que não quero que você
Tenha as dúvidas que eu tive

Não desperdice as oportunidades
E responda a chamada
Porque a vida é irreversível
Até a próxima jornada


Conheci a moça em 2000 quando veio fazer aulas de violão comigo. Mesmo fazendo essas aulas em grupo com as amigas, não se soltava muito por causa da sua timidez. Me lembro das muitas vezes em que eu tirava sarro das suas notas na trave e ela, mesmo vermelha de vergonha, levava na esportiva e achava graça. Bons tempos. As amigas foram saindo mas ela, mesmo sem muito tempo pra praticar por causa dos muitos cursos que fazia, continuou firme e forte com as aulas. Com o tempo fui conhecendo melhor aquela menina legal e nos tornamos amigos. Me confidenciou que fazia terapia por causa dos seus grilos mas mesmo assim não conseguia melhorar. Eu não entendia como aquela menina bonita, inteligente, bacana, com uma família bem estruturada sofria com aquela insegurança, aqueles medos. Resolvi me meter na vida dela e sugeri que largasse aquela terapeuta (que não era uma boa profissional pelo que me contou). Pedi que se desse um tempo até conhecer uma pessoa legal que lhe mostrasse o quanto ela era especial. Ela me ouviu. E influenciado por aquele momento e pela nossa amizade, resolvi escrever a letra de "Olhos Vendados" e lhe dar de presente. A letra acabou servindo de pé de coelho: entreguei a letra pra ela no dia 14 de novembro de 2002 e no seguinte ela conheceu aquele que seria o seu primeiro amor e grande companheiro (com quem namora até hoje). Sua cabeça mudou e eu vi que mais uma vez meu chute acabou num golaço. Musiquei a letra fazendo a harmonia baseada na música "One" e o arranjo lembrando "Electrical Storm", ambas do U2, grupo que ela adora. Gravei com voz e violão numa coletânea de composições minhas e lhe dei o cd no seu aniversário daquele ano. Apesar de morar bem próxima de mim, quase nunca nos encontramos por causa nos nossos horários corridos. Cruzei com ela no início do ano e o carinho e respeito que percebi vindo dela foi uma coisa sobrenatural, fraternal mesmo. Seu abraço foi como um presente especial e fez com que eu me sentisse um cara importante. Importante pra existência dela e talvez pra de outras pessoas. Tenho orgulho dessa letra, tenho orgulho de ter essa moça como amiga e quero sentir mais vezes isso, ou seja, quero ter orgulho de outras pessoas.

Postado ao som de “Pânico em SP” (Inocentes)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

VAI PROCURAR SUA TURMA

"O caráter é para a alma, o que a aparência exterior é para o corpo." (Bruce Lee)

Hoje a noite me lembrei de uma história que um aluno do meu irmão me contou sobre pregação e formalidades dentro da igreja. É a história do cara que não podia pregar porque tava sem o paletó. Depois descobri que existe uma música com a letra contando esse caso. Lembrei disso porque hoje passei por uma situação chata com um aluno que dá muita importância a roupa, as aparências. Como tô montando um álbum com os amigos, sempre que tenho a oportunidade chamo alguém pra posar comigo e registrar aquele momento. Chamei esse aluno pra nossa foto porque fazia questão de ter o cara no meu álbum. Sempre admirei o sujeito e sempre dei a maior força nos seus projetos. Pois pra minha surpresa e decepção, na hora H o rapaz implicou com minha roupa e se recusou a fotografar. Falou que eu tava ridículo com aquela blusa e até ofereceu seu agasalho. Na hora levei na esportiva e até brinquei com ele dizendo que ele tinha era medo da galera ver a foto e pensar que eu era seu “bofe”. Aceitei seu agasalho numa boa e tirei a foto sem nenhum problema. Mas como tenho o hábito de “voltar a fita” todos os dias, consegui mais tarde perceber que naquela atitude o meu “camarada” tinha me discriminado sem se ligar que a coisa mais importante ali era a consideração, a amizade. Eu querendo apenas ter sua imagem guardada pra posteridade me importando somente em ter o cara do meu lado e ele preocupado em queimar seu filme ao lado de uma figura-excêntrica-com-roupa-esquisita. Antes de ir embora ele ainda me alertou dizendo que um dia eu iria agradecer pelo que fez, ou seja, me poupar daquele mico de sair numa foto vestido daquele jeito. Se ele acha que seu visual, seu cabelo, seu estilo legal, fashion, tudo bem. O que eu queria no meu álbum era o aluno bacana que conheci. Mas esse não sei onde foi parar. Guardei a foto pra lembrar sempre desse episódio mas ela nunca vai entrar naquele álbum. Nem ela nem nenhuma outra com ele. Que ele fique com sua normalidade e procure a partir de agora conviver com pessoas de bom gosto pra não correr o risco de passar vergonha.

Postado ao som de “Coffee and TV” (Blur)

sábado, 11 de julho de 2009

MODISMO

"Por mais descobertas que se tenham feito nos domínios do amor-próprio, ainda ficarão muitas terras por descobrir." (François de La Rochefoucauld)

Meu irmão tem uma aluna adolescente que vive pelos cantos da escola, ora jogando conversa fora com uns e outros, ora quietinha num canto meio cabisbaixa. Sabendo de um outro aluno de meu irmão que achava a gata interessante, fiz o link: ajeitei o esquema pros dois e lá se foram os pombinhos. Mais um casal pro meu currículo de cupido. Uma semana depois ela chegou reclamando dele. Depois de passarem uma semana juntos, inclusive namorando em suas casas, ela veio me contar que o garotão lhe deu um gelo depois de ter ficado com outra menina que ele já gostava. Além disso o garanhão reclamou com a guria o fato dela ter lhe mandando um recado pelo celular lhe chamando de "amor". Não entendi nada. Ele confessou a “traição”, eles conversaram sobre isso e ela ficou confusa e meio mal. Como eu tinha feito a ponte pros dois fiz questão de tentar corrigir o equívoco. Mas mesmo depois de falar pra ela que tudo o que ele fez não foi legal, que era coisa de menino imaturo que não respeita os sentimentos de ninguém, e que ele não merecia o carinho e o respeito dela, que aquilo era uma humilhação, blá blá blá, a menina mesmo assim cogitou a possibilidade de voltar pro guri. Fiquei meio irritado e perguntei se ela não tinha vergonha na cara. Tentei convencer a moça a levantar a cabeça e seguir em frente porque aquilo ali não era nada, paixonite de uma semana, que era normal não dar certo de cara, que ela tava tentando, e que logo encontraria um carinha legal se fizesse tudo direitinho. Ela abaixou a cabeça e me ouviu atentamente. Dias depois vi a coitada frequentando a aula do rapaz que não dava a mínima pra ela. Depois de várias tentativas frustradas parece que desistiu. Não sei exatamente tudo o que rolou naquela semana mas depois de tudo que vi acho que eles se mereciam.

Postado ao som de “This Charming Man” (Tha Smiths)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O FUNDO VERMELHO

"Há pessoas que têm uma biblioteca como os eunucos um harém" (Victor Hugo)

Hoje foi um dia cheio com muita gente na escola novamente pra ensaiar pro “grande espetáculo” num boteco bacaninha que fica na frente da escola, uns cem metros do outro lado da rua. Foi a mesma bagunça de sempre com neguinho tentando cifrar a música ali na hora, gente escrevendo ou aprendendo a letra que resolveu cantar no dia anterior... Tinha até gente tentando descobrir que instrumento iria tocar e em qual música. O negócio tá cada vez mais free, cada vez mais “jazzístico”. E o curioso é que funciona porque a maioria da moçada é musical, versátil, determinada e aí vai na raça e na orelhada. Além do ensaio teve também uma festinha pra comemorar o aniversário da Ingrid. A moçoila cada dia mais gata e aloprada e menos chata e insegura tá completando 14 aninhos. A Eloísa (mãe) comprou um bolinho de surpresa e chamou todo mundo pra lhe dar os parabéns de surpresa mas a danadinha sacou no meio da movimentação e ai quebrou a gente. Mas juntou todo mundo e foi bom pra quebrar um pouco o stress da muvuca. Contando agora como foi minha apresentação no barzinho do Piraporinha depois de anos sem encarar um microfone e um violão em tempo integral, vou começar falando do lado chato daquela reunião. Reconheço que o som que fizemos foi meio show de calouros mas demos o azar de ter o Pedro de Lara como o anfitrião. Não me surpreendi com a frieza e antipatia do dono do bar porque ele já vinha demonstrando ser um mala durante a semana em nossas conversas que eram quase um monólogo tamanha indiferença do cara. Pra ser sincero até pensei em desistir de tocar mas como tava sedento pra fazer um som e em consideração aos vários alunos que convidei pra tocarem comigo resolvi correr o risco. Deu certo. Conseguimos tocar um monte de músicas diferentes, o pessoal se divertiu e aprendeu um pouco mais. E eu que pensei que a coisa toda seria rápida achando que os alunos dariam sua palhinha e sairiam correndo pra casa, fiquei embasbacado quando vi o bar cheio de gente. Contei umas 50 pessoas (pra quem não divulgou nada...), entre elas a maioria de amigos e parentes das minhas “cobaias”. Fiquei contente pra caramba. Falando agora do que rolou no repertório, assim que assumi minha posição de mestre de cerimônias, resolvi cortar algumas músicas pra não arrastar a bagunça até muito tarde. Queimei na passagem de som músicas como “Noite do Prazer”, “Certas Coisas”, “Uns Dias”, “Azul da Cor do Mar”. Já com a voz um pouco aquecida, resolvi começar pra valer arriscando a única música em que eu faria sozinho, com voz e violão: “Nada Por Mim” numa versão mais rock and roll a la Renato Russo e Herbert Vianna. Mesmo um pouco inseguro na letra e na harmona, consegui me sair bem usando o ouvido e a emoção. A partir daí começou o rodízio. Como levamos violão, guitarra, baixo e vários instrumentos de percussão, o pessoal foi se revezando e as trocas até que foram rápidas. As músicas na seqüência foram:

Fogo (Capital Inicial) – Zaqueu cantou lindamente enquanto André na percussão e Felipe Carvalho na guitarra me deram o apoio. O momento marcante pra mim foi quando ao final o pai do guitarrista, visivelmente emocionado, veio comemorar me dizendo que o guri tinha feito o que ele nunca tinha conseguido! Legal né?

Sozinho (versão do Caetano) – chamei meu irmão pra guitarrra e a aniversariante pra me ajudar a cantar mas deixei ela ir sozinha e mesmo com a letra caindo da estante ela segurou a onda e fez bonito até o final.

Deslizes (Fagner) – representando a terceira idade nossa querida Catarina finalmente conseguiu fazer seu número redondinho com introdução, meio e fim. Cantou dançando acompanhada pela minha guitarra e pelo violão do mano.

Exagerado (Cazuza) – cantei com os solos de guitarra do Felipe Moura e pulei um trechinho da letra porque a gente não tinha ensaiado direito. Mas como a música é bem pra cima a galera curtiu. Valeu Felipão!

Formula do Amor (Kid Abelha) – momento flash back 80 com a estréia da Raquel nos vocais. Aprendeu a música durante a semana e mesmo lendo a letra cantou bonito. Dividimos os vocais enquanto a Flavia (meia lua) e a Larissa (bongo) seguraram o ritmo. Eita mulherada danada!

Gatinha Manhosa (Léo Jaime) – dos sonhos que eu tinha nos anos 80 um era fazer um gol no maracanã com a camisa do Fluminense, outro era dormir com a Paula Toller e outro era cantar essa música com essa versão. Pelo menos um deles consegui realizar. Abolerada pelo bongô do professor de sax Henrique Junior, cantei ao violão mais o colorido da guitarra do Daniel.

Fácil (Jota Quest) – adoro essa música e como sempre tive vontade de cantar ao vivo, fiz com o maior tesão. Ainda mais acompanhado pelo “gordo e o magro”, o super dueto Vinicius (baixo) e Jeferson (guitarra) que pegaram a música na quinta. André arrematou dando o groove no bongô.

Agora Só Falta Você (Rita Lee) – outra que sempre curti demais. Consegui mais uma vez arrastar a Flavia pro microfone e dessa vez bem mais solta, cantou comigo em uníssono curtindo o som. Música com instrumental difícil que o Duartinho na guitarra e a Larisssa no baixo (e na dancinha!) fizeram bonito. A Raquel deu o colorido no ritmo com sua meia lua e eu adorei ver novamente essas duas amigas compartilhando a mesma música.

Dias Atrás (CPM 22) – entrou no repertório hoje a tarde depois que descobri que a Lais sabia a letra e cantava afinadinha. Ensaiamos uma vez e cantamos juntos. Usei a introdução de “Wasting Love” do Iron na primeira parte e a versão ficou bem intimista. Mesmo cantando timidamente longe do microfone com sua vozinha de Fernanda Takai, gostei pacas e achei que ficou muito bonito.

Canceriano Sem Lar (Raul Seixas) – antes que gritassem “toca Raul!” cantei e solei esse blues só pra a soltar os dedos e mostrar nosso lado rock and roll. Daniel no violão e Lucas no contrabaixo me acompanharam de olhos fechados.

Camila Camila (Nenhum de Nós) – outro clássico oitentista que cantei lendo partes da letra. Daniel deu o peso do baixo e William, mesmo pra lá de Bagdá depois de umas e outras, conseguiu tocar direitinho o riff de violão da introdução.

Ultimo Dia (Paulinho Moska) – mais uma vez cantei esse tema acompanhado por uma galera de responsa: Larissa no violão, Lais no baixo, Beto no bongô, Ingrid na meia lua e Duartinho na guitarra (com solos psicodélicos e viagens tipo Sonic Youth) novamente entraram na minha e tiraram um puta som.

Flores em Você (Ira!) – fechei com o André que ajudou na percussão e pilotou a mesa de som o tempo todo. Dividimos os vocais e cantamos sem ensaio porque já fizemos isso antes mais de 348 vezes! A música mais bem resolvida da noite não foi filmada e muita gente perdeu por ter ido embora. Mas valeu pra relembrar.

Enfim, o bar é legal, o espaço é familiar, acho que daria pra fazer muita coisa ali. Mas como o chefão de lá é burro e deve ser um daqueles roqueiros “xiitas”, não deu muita bola pra gente e não falou nada. Tá limpo. E se as funcionárias eram mal humoradas, e mesmo com esse babaca implicando com os meninos na sinuca e nem querendo guardar nosso equipamento ao final da apresentação, adorei tudo, principalmente vendo a moçadinha dando a cara pra bater e tocando quinem gente grande. Quis fazer um show solo mas não resisti e quis dividir isso com eles. Fiquei meio rouco, meus dedos ficaram doloridos e pretos, suei a camisa literalmente, não ganhei nenhum cachê e nem um “obrigado” do mal educado do dono do espaço. Mas ver os parentes e amigos bem de perto prestigiando, e percebendo em seus semblantes a alegria e o orgulho de ver todo mundo ali fazendo música bem feita, pra mim já foi um super feedback e valeu meu dia. E além de me ajudar a tirar as teias de aranha e a soltar a franga no gogó, consegui mais duas coisas legais: 1) o convite da Rose (que é aluna do Daniel e promotora de eventos) que gostou do que viu e resolveu trabalhar com a banda de baile da escola. 2) a certeza de que, ao invés do azul, a melhor cor pro fundo do palco é mesmo a vermelha.

Postado ao som de “Estácio, eu e voce” (Luiz Melodia)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

A GOTA QUE FALTAVA

"Se alguém já lhe deu a mão e não pediu mais nada em troca, pense bem, pois é um dia especial" (Duca Leindecker)


Hoje acordei choramingando ao lembrar o dia de ontem. Dia daqueles pra gente anotar na agenda com detalhes e guardar na memória com carinho. Dia que me fez pensar em como sou privilegiado, que me fez refletir mais ainda sobre minha posição de professor, que me fez acreditar que nessa escola pode sim ser nossa fortaleza e que me fez lembrar que no meu pequeno mundo existem pessoas gigantes. Gigantes de alma e de coração. Pessoas que fazem toda diferença não só na minha vida mas acredito na vida de muita gente. Pessoas que me mostram toda semana que o mundo não é cão, que ele pode ser melhor se a gente souber compartilhar o que a gente tem de bom no nosso interior. E isso essas pessoas sabem fazer muito bem simplesmente sendo elas. Com naturalidade, alto astral, pureza, carinho, elas vem mexendo comigo não é de hoje. Desde o início com suas brincadeiras e criancices que fazem eu me sentir em casa, ou com aquele olhar que passa muita coisa sem falar nada, eu fico balançado e vivo me perguntando de onde pode ter saído criaturas tão diferentes e especiais. Uma hora é aquela impaciência por não obter resultados mais rápidos, coisa típica de quem tem fome de aprender mas não sabe que o processo não é tão simples. Outra hora é a teimosia em não querer aceitar certos desafios, comportamento normal quando existe certa ingenuidade ou mesmo falta de alto conhecimento no que se refere ao próprio talento e musicalidade. Adoro essas brigas. E pra minha felicidade e pro crescimento delas felizmente venho ganhando todas. Acho que o grande potencial delas vem da entrega e do grande amor que elas tem pela música. Modelos de irmandade, são sarristas e ao mesmo tempo sensíveis. Num dia me comprimentam com um chute na canela ou me sacaneiam pela camisa “cheguei” que tô usando. Adoro tudo isso. No outro me olham e me perguntam preocupadas o que tá acontencendo comigo, porque tô estranho. Elas sempre acertam. Tem um olho clinico e me conhecem de um jeito que nem eu sabia. E toda semana é o mesmo ritual pra mim. Quando elas chegam com aquele sorriso contagiante meu coração bate diferente num misto de alegria e desafio. Alegria por saber que chegou a hora do “recreio” e a energia boa que elas trazem vai ser dividida comigo. Desafio por estar diante de pessoas lindas, que com seu charme, seu perfume, seu carinho e sua espontaneidade me incomodam por causa da minha carência profissional e do meu “instinto maternal” de querer pegar, cuidar, abraçar ou ninar coisinhas tão fofoletes. E eu fico ali brigando comigo, tentando não dar bandeira, ser menos escroto, mais decente pra dar a elas o melhor, todo o respeito e a dedicação que elas merecem. Mas às vezes é difícil porque elas mesmas acabam me tirando do sério e começam levar a aula pra outro lado tornando tudo aquilo tão divertido que dá uma vontade danada de ficar ali por horas falando bobagem, rindo de tudo e de todos. E por essas e outras que cada dia mais elas me cativam, cada dia mais me apaixono por essas pessoinhas. Com tão pouco tempo de convivência já conseguiram fazer história na escola e fora dela. Mesmo que algum dia a gente brigue feio, elas sumam da minha vida ou simplesmente tenham que se afastar da escola por algum motivo, elas já entraram na minha biografia e do jeito que a coisa caminha logo conseguem descolar um capítulo só delas. Sei que elas não tem a dimensão exata do que representam pra mim e eu mesmo muitas vezes faço questão de disfarçar a vontade imensa de fazer aquela festa quando elas chegam. E muitas vezes o ator entra em cena quando elas estão por ali. Mas acho que agora elas vão saber o quanto sou fã delas. Queria saber mais delas, das suas rotinas, das suas histórias, do seu passado, do seu futuro. Só que infelizmente a vida que levamos não nos permite, cada um de nós tem seus compromissos e prioridades. Mas apesar de “culturas” e formações diferentes, o carinho, a afeição, o respeito, a admiração que temos uns pelos outros supera tudo. Sonho um dia poder olhar pra elas e enxergar uma extensão da minha família, ou seja, amadas irmãs. Mas enquanto isso não acontece só posso deixar aqui registrado um pouco do que sinto e penso sobre essas pessoas inacreditáveis e agradecer do todo meu coração tudo de bom que elas tem nos dado e proporcionado. Obrigado por reconhecer nossa luta e contribuir pra que nossa batalha seja menos difícil. Obrigado por colorir um pouco a minha vida e pelos menos uma vez por semana fazer de mim uma pessoa melhor, mais equilibrada e mais feliz. E se depois de todo esse tempo, só no blá blá blá com aulas e conversas o coração tá transbordando, e se num único abraço de agradecimento o olhinho encheu d’água, imagina o que vem por aí? Muitas emoções, bicho!

Postado ao som de “Eu Preciso Dizer Que Te Amo” (Marina)

domingo, 5 de julho de 2009

A TENTATIVA

"Talvez você viva até os cem anos e jamais ouça a minha voz." (Frank Sinatra)

Ontem passei naquele bar e confirmei minha canja pra próxima sexta. Tô agitando o pessoal na escola e mesmo com o feriado da quinta quase todo mundo vai ficar na cidade e tá querendo dar sua palhinha. A intenção dessa “apresentação” é tentar criar um espaço pra eu tocar toda semana, ganhar e de bônus poder levar meus amigos pra me verem e darem um suporte tocando também. Eu tô me matando pra tentar montar um repertório solo. Hoje passei a tarde toda tirando músicas e lembrando outras mas tá complicado porque faz muito tempo que não canto e aí não lembro das letras. E pra piorar minha voz tá uma merda. Tem música que acho legal e queria colocar mas não vou conseguir lembrar os acordes e as letras até lá. Entre elas: “Estácio Holly Estácio” do Luiz Melodia, “Sorri” na versão do Djavan, “Primeiro de Julho” com a Cássia Eller ou “Corsário” do João Bosco. Em compensação tô inventando outras pra substituir e os alunos vem dando a maior força, tanto pra cantar como pra tocar. Sei que é só uma brincadeira, talvez o cara do bar não dê a mínima pra uma eventual sonzeira que a gente faça por lá mas pelo menos a galera se diverte e eu me preparo pra gravar um material pra mandar pras produtoras de eventos e shoppings. E eu que, depois da canja de MPB tinha decidido dar um tempo pra descansar dessa correria, me vejo agora catando acordes no violão, andando na rua e cantando baixinho pra decorar letras e rolando na cama imaginando a melhor ordem do set list ou a melhor formação pra aquela música.

Postado ao som de “Três Lados” (Skank)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

DIA DE SORTE

"Se você não pedir, você não consegue." (Stevie Wonder)

Depois de tantos portas fechadas finalmente novidades. Hoje a tarde passei num barzinho legal que fica na frente da escola e conversei com um dos sócios sobre colocar música ao vivo ali. Ele confessou que já tava com a idéia de incluir MPB toda quarta. Perguntei se ele não queria uma canja minha com alguns amigos pra mostrar nosso trabalho numa sexta e ele abriu as portas. Já sabendo que ele curtia rock, joguei um xaveco dizendo que era de sua geração e curtia as mesmas coisas e que a jam sessiom seria baseada nesse estilo. Ele mudou a cara e foi ficando mais simpático. Fiquei de confirmar com os alunos e retornar pra ele. Já a noite acabei com outra novela que vinha se arrastando por vários. Fui numa igreja que também fica do outro lado da avenida de nossa escola e conversei com o pastor de lá sobre a possibilidade dele liberar seu espaço pra escola apresentar a audição gospel. Avisei que eu já tinha um histórico naquela filial pois comecei um trabalho de musicalização com vários membros dali já há quase 10 anos. Ele ouviu atentamente e sem pestanejar deu o sinal verde sem impor nada. Adorei sua postura e semblante. Rapaz jovem, deve ter a cabeça aberta e acho que entendeu que a iniciativa de reunir vários irmãos de várias igrejas é interessantes não só por compartilharem a música gospel com suas mensagens mas também unir mais o seu povo e todos num único objetivo: louvar ao Todo Poderoso. Fiquei contente. E parece que esse novo semestre tá prometendo. Também quem não chora não mama.

Postado ao som de “Faça Alguma Coisa” (Gram)