sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O MONGE HILÁRIO

“A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida” (Vinícius de Moraes)



Sou fã de um professor chamado Alexander Pereira porque além de grande conhecedor de jazz e música brasileira, professor competente e alegre, é um sujeito muito desencanado e largadão como eu. Como me identifico com esse cara! Trabalho com ele desde 2005 e desde sempre me deu liberdade pra dar minhas aulas malucas e usar minha metodologia pouco ortodoxa onde deixo meus alunos a vontade na aula pra “tocar o puteiro” e até mesmo seus instrumentos, só não deixando eles passarem a mão na minha bunda. Pois é, o Alex é irreverente o tempo todo, odeia reuniões e como eu não tem vocação pra exercer aquele tipo de liderança onde exige regras o tempo todo e impõe suas opiniões sem saber ouvir os outros. Quando lembro dessas suas qualidades fico mais triste porque nesse exato momento não vou mais poder mais compartilhar esse momentos legais e dar boas risadas com ele. Explicando: ele, que atualmente é o diretor da escola Musical Eliete, me ligou essa semana pra agendar dois alunos de bateria. Como tô sem carro e também sem tempo, tive que dispensar. É uma merda. A Samby parando por aqui, eu parando por lá... Poxa, tava com saudade do cara e agora vou ter que guardar minhas novas piadas pra contar pra ele em outra ocasião. Quem sabe ele não deixa de ser preguiçoso como eu e acaba me fazendo uma visitinha pra eu dar um tapa na sua careca?



postado ao som de “My Funny Valentine” (Chet Baker)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

INDISCIPLINA

"Quando todos os dias ficam iguais, é porque deixamos de perceber as coisas boas que aparecem em nossas vidas."(Paulo Coelho)



Porra, tô brisando e não tô conseguindo falar dos ítens da minha lista pessoal que comecei em fevereiro. Logo chega março, preciso colocar a próxima lista e nem terminei essa atual.


postado ao som de “Segundo Sol” (Cássia Eller)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

BAIXA

"Entre as graças que devemos à bondade de Deus, uma das maiores é a música. A música é tal qual como a recebemos: numa alma pura, qualquer música suscita sentimentos de pureza." (Miguel de Unamuno)


Infelizmente nosso esquema de montar um coral na escola tá suspenso. É que nossa querida professora de canto Samby vai ter que se desligar da escola por várias atividades que vem acumulando. Uma pena porque além de polivalente é uma grande alma, pessoa muito agradável de conviver e sedenta de conhecimento. Parece ironia: conheci a professorinha em 2007 quando ela abriu as portas da sua escola pra eu trabalhar com ela, fiquei por lá mais ou menos o mesmo tempo que ela ficou com a gente na Canção Azul. Ou não? Será que ela ficou menos? Sei lá. Mas acho que foi uma troca bacana de experiências, de conhecimentos e espero poder trabalhar com ela novamente um dia. Queria ela na nossa Unidade II que vamos inaugurar no ano que vem (sonhar não paga imposto, dá licença?). Tudo bem. Enquanto não arrumo outra professora no seu naipe vou adiando o apresentação dos alunos de Bohemian Rhapsody.

postado ao som de “-A Question of Honour” ( Sarah Brightman)

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

ENQUETE

"Na vida tudo é um jogo. Perde ou ganha. Até no amor. Mãe pra filha, marido pra mulher, tudo é interesse. Se eu não te dou você também não me dá." (Dercy Gonçalves)



Me peguei numa discussão braba mas saudável com meu irmão sobre as melhores formas de divulgar uma escola de música. Colocamos no papel várias possibilidades e debatendo saiu faísca! Resolvi fazer uma enquete na comunidade do Orkut da escola e logo mais vou linkar aqui. Tô curioso pelo resultado...


postado ao som de “Butterflies & Hurricanes” (Muse)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

CARRO VELHO

“Nós não devemos ser responsáveis, nós devemos ser irresponsáveis, artisticamente falando. O rock and roll, a música deve ser irresponsável." (Bono Vox)


Hoje continuei montando os mapas das músicas e consultando os alunos sobre o que cantar e tocar. Tem alunos que pelo seu repertório limitado e fechado num estilo deixa fácil na hora de escolher. Mas tem outros que tem tanta informação e são tão ecléticos que a coisa fica impossível. Um caso desses é uma aluna chamada Flávia. A moça, que tá fazendo aula com sua amiga Raquel (melhoras hein moça!) somente há dois meses, tá se mostrando uma verdadeira enciclopédia ambulante. Aliás fui premiado: as duas meninas tem um puta bom gosto e passam por várias épocas sem preconceitos nem frescuras. Adoro isso. E pra completar são boas cantoras mas acho que elas ainda não sabem disso. Como a Flávia além de fazer aula de violão faz também aula de canto com o Régis me senti na obrigação de convidar a moça pra mostrar seu talento. E é aí que surge o grande problema: que músicas cantar? Como na apresentação serão somente 3 músicas e uma delas será uma inédita, o maior trabalho foi separar as covers. Das próprias foi fácil porque a que separei pra ela, assim que mostrei ela se agradou de cara. Fiquei até surpreso mas ela me pareceu convincente e eu fiquei orgulhoso e feliz por poder mostrar minhas canções a ela que foi receptiva, interessada e parece entender o que tô querendo passar. Mais um ponto pra ela. Agora o bicho pegou mesmo quando pegamos sua lista de 1846 músicas e começamos a experimentar o que daria certo no seu tom, com as pessoas que iriam lhe acompanhar, ou o que funcionaria bem com o público... sugeri a ela que explorasse seu conhecimento e apresentasse músicas diferentes, que não fossem tão óbvias, radiofônicas ou dessa geração mais teen. Foram praticamente duas horas discutindo, tocando, cantando. E depois de passar por Peninha, Adriana Calcanhoto, Roberto Carlos, Djavan, Adoniran Barbosa e Victor e Léo entre outros, conseguimos fechar com duas: Filme Triste do Trio Esperança e Como Eu Quero do kid Abelha. Ufa! E ainda assim fiquei balançado com a possibilidade dela cantar Toda Forma de Poder do Engenheiros do Hawaii numa levada mais pop que ficou muito legal quando experimentamos. Mas a escola teve que fechar e assim a gente teve que bater o martelo senão acho que a gente estaria até agora catando música. Mas foi bem legal essa discussão sobre repertório, adoro fazer listas (isso agora é notório!) e esse papo me fez ganhar o dia mesmo depois do meu carrinho véio de guerra pifar na volta pra casa e eu ter que deixar o pobre coitado dormindo na rua. Mas cheguei em casa tranquilaço porque não ligo pra isso. Como diria minha amiguinha, diferente do meu carro, sou velho mas mais experiente, mais vivido, mais maduro... Ou seja, relax total! Valeu aí Flavinha!



postado ao som de ”Coche Vejo” (Paralamas do Sucesso)

domingo, 22 de fevereiro de 2009

VISITAS

“Desde que o homem existe teve música. Mas também os animais, os átomos e as estrelas fazem música” (Karlheinz Stockhausen)



Ontem meu sábado foi tão corrido que nem tive tempo de escrever aqui. De madrugada fechei as formações pra audição (vide foto). Já cedo passei a manhã inteira dando aulas e como a tarde senti uma caída por conta da véspera do carnaval, decidi desmarcar algumas aulas de teoria pra visitar e conhecer o CEU do Jabaquara que é onde to pretendendo agendar aquela audição acústica dos alunos. Deu tudo certo. Meu aluno Edson me deu uma carona e até que fomos e resolvemos tudo rápido. Conversamos com o coordenador, um garotão chamado Rodolfo que foi simpático e abriu as portas pra gente. Nos explicou como tudo funcionava e agendou pro final de março. Pediu somente uma solicitação por escrito. Na volta pra escola recebi algumas visitas especiais: Catarina, aquela aluna de 63 anos porra louca, que agita mais que muito moleque, canta Beatles e Creedence e se acompanha ao violão que é uma beleza. Ela tava sumida alguns meses porque morando comum namoradinho em Sampa! Parece qua volta as aulas. Mas ganhei o dia mesmo foi com a presença do meu querido negão Maurício Paula que veio de Curitiba pra passar o carnaval aqui e veio matar a saudade de todos. Conversamos sobre nossos projetos futuros pra esse ano e ele também contou que tá bem otimista. Tenho certeza que ainda vamos fazer muitas coisas bacanas juntos, se Deus quiser. Dia cansativo mas produtivo. E ao chegar em casa continuei com minha viagem pra fechar o repertório do evento e as formações. Tocar e compor que é bom nada. Mas tá ficando bem legal. O foda é que logo o sono bate e tenho que deixar minhas “diversões” pro dia seguinte.



postado ao som de”Como eu Quero” (Kid Abelha)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

DESFALQUE

"Minha filosofia pessoal é minha música. Nada menos que a música - vida - isso é tudo" (Jimi Hendrix)



Hoje foi o segundo ensaio da banda de baile. Nosso multiinstrumentista Henrique teve que viajar as pressas e não pode comparecer. Mas mesmo com sua ausência o ensaio foi mais calmo, menos corrido e até rendeu bem. Nosso baterista Paulo já tá incorporando melhor as músicas e eu mesmo continuando sem estudar tô entendendo melhor os arranjos e nuances de cada som. Só preciso ouvir mais o repertório, Hoje conversei um pouco mais com nossa vocalista Tatiane e descobri que ela trabalha com educação. Gosta de música brasileira e também toca violão. Mas por ser muito humilde fica inibida quando recebe elogios e convites pra participar dos arranjos com seu violão. Preciso ver essa moça tocando mas em relação ao gogó ela mata a pau. E foi justamente ela, que chegou por último no grupo, que é a integrante que mais tem se sobressaido e se destacado na turma. Acho que isso é unanimidade. O que não é unanimidade é a gente ficar marcando estúdio pra ajeitar as músicas por lá. Já conversei sério com o Daniel e resolvi marcar uma reunião com todos na semana que vem pra organizar pequenos grupos pra ensaiar por fora coisas como arranjos vocais ou harmonias por exemplo. Outra idéia que tive é a de montar um pout pourri com mais músicas e depois editar tudo, ou seja, a gente ensaia metade de cada música e depois vai emendando na edição só pro pessoal da produção sacar o potencial dos músicos nos vários estilos. Acho que assim vai render bem mais.



postado ao som de “Garganta” (Ana Carolina)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

SURPRESA

“Poderíamos sustentar que não há arte que pressuponha em maior medida que o da interpretação, o manejo delicado, o entendimento refinado de todas as formas de emoções ou de sensações que se trata de transladar ao espírito do ouvinte mediante a magia misteriosa das sonoridades.” (Alfred Cortot)


Ontem cheguei mais cedo na escola pra acompanhar a aula de canto que o professsor Regis iria dar. Deu tudo errado. Ou melhor, tudo aconteceu diferente. Ele não foi pois suas alunas tinham desmarcado a aula mas como meu irmão tava dando aula pra Maria Luiza não perdi viagem. Essa aluna, que é uma guria muito amiga do meu irmão, já faz aula com ele uns 4 anos, vindo inclusive de um bairro mais afastado e já virou uma espécie de irmazona dele e prata da casa da escola. Botamos a fofoca em dia e quando comentei do sarau acústico ela ficou muito interessada. Mas minha maior surpresa foi ouvir a menina cantando bonitinho e afinadinha uma música da sua lista. Adorei e perguntei se ela queria participar. Ela se empolgou e começou a falar de clássicos e canções maravilhosas que eu nunca pude imaginar que ela pudesse conhecer ou mesmo gostar por causa dos seus dezoito aninhos. Quando sugeri um tema próprio ela lembrou do meu “hit” Meias Verdades. Já faz um tempo que ela tem uma coletânea com várias musicas minhas e por conta disso conhece bem esse som. Me lembrei da primeira vez que cantei essa canção fazendo uma brincadeira e ela ficou emocionada. Pra mim foi surpreendente mais muito mais gratificante. Poxa, como é legal alguém entender o seu trabalho ou melhor ainda, se comover com ele. Ela balançada de lá e eu de cá. E hoje teve repeteco. Lembrei e falei a ela de outro som chamado Tempo Certo que fiz com uma letra do Vinicius Noronha e ela disse que também conhecia e adorava. Na minha ingenuidade e também exibicionismo fui dar uma palhinha. E lá foi ela de novo me olhar com aqueleso olhinhos vermelhos. Me pediu pra parar e eu ri da cena. Perguntei se ela não toparia cantar essa música na audição e ela fechou. Como essa música também me toca muito fiquei muito feliz com a possibilidade de ouvir essa música com uma nova interpretação, numa voz diferente, feminina e principalmente de uma pessoa tão legal e especial como a Luiza. Tô curiosíssimo pra ver como vão ficar os novos arranjos e os resultados nos ensaios. Pra quem já se apanhou cantando isso a capella e chorando enquanto lavava uma louça, não sei como vou me comportar quando ela soltar a voz nos primeiros versos de um dos meus xodós, uma das minhas crias que mais gosto.


postado ao som de“Encontros e Desedidas” (Maria Rita)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

QUEBRA-CABEÇA

“Tudo o resto está apenas no meio. Eu quero a liberdadde para experimentar tudo." (Jim Morrison)


Tô aqui pirando pra montar os grupos pro sarau com aquela formação acústica que pensei com quatro violões e uma voz. Além disso tô tentando convencer os alunos a montar o set fazendo uma música própria a cada três. Se der tudo certo vai ser bem interessante: um monte de gente se conhecendo, ensaiando e logo de cara um tocando a música do outro. Tô quase terminando de montar mas fico viajando num monte de coisas: nos estilos e influências de cada um, em juntar alunos com cabeças e níveis técnicos diferentes, em com quem posso contar e até em quem não vai com cara de quem. Vai ser difícil, viu?

postado ao som de “Carinhoso” (Nelson Faria)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

STRESS

"De todas as coisas que perdi a de que sinto mais falta é a minha mente." (Steven Tyler)


Tô começando a ficar apertado com os horários. Muitos alunos novos começando e eu cada vez mais sem tempo pra adiantar minhas coisas: estudar o repertório da banda de baile, organizar minhas composições, preparar CDs pro pessoal conhecer meu material, pesquisar repertório de covers pros alunos apresentarem naquele acústico, entre outros. Abri uma agenda pra anotar as músicas que ficam pendentes pra cada um deles. Espero não me perder mais como sempre vinha fazendo. É legal a correria, conhecer um monte de gente, aprender músicas novas, mas tem hora que enche o saco e eu tenho vontade de ficar na frente da TV vendo aqueles seriados do SBT durante a madrugada. O que seria de mim sem o meu Amitril.

postado ao som de “Waltz Opus 241 n° 11 de F. Carulli” (Sérgio N. Belluco)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

domingo, 15 de fevereiro de 2009

DUKE VIZONI

“Demasiados compositores de nossa época pretendem ser "modernos", sem possuir o dom da originalidade. E não compreendem que todo artista original é moderno por força.” (Heitor Villa-Lobos)

Quando conheci esse grande cantor chamado André Machado ele tinha acabado de sair de um grupo de samba naquela época onde o pagode mela cueca tinha explodido: era 1996, 1997. Nos encontramos quando fomos contratados pra fazer uma serenata, ele na voz e eu no violão. Foi dali que tudo começou. Me apaixonei pelo seu timbre vocal, pela musicalidade, interpretação e pelo jeitão simples de ser. Talento nato. Convidei o bonitão pra formar uma dupla e tentar descolar uns trocos nos botecos da vida. Na hora de batizar o duo quis sair do óbvio e pensei em duque. Mas duque o que? Olhando o dicionário bati o olho na palavra vison (de casaco de vison) que remetia a uma coisa fina, chique, de valor. Pronto! Duque Vison. Começamos a tocar em alguns lugares com esse nome covers de MPB e pop rock. Puta som bonito mas o que me chateava era quando todos vinha nos saudar com um “valeu Duque Vision!” Essa porra dessa sonoridade gringa na ultima palavra quebrava o sentido do que eu queria passar, do que o nome representava. Viadagem minha ou não radicalizei e resolvi mexer em todo o nome. Virou Duke Vizone. Nunca mais ninguém veio com esse papinho de nome de banda em inglês, nem falaram mais errado. A partir de 2003, a coisa cresceu, outras pessoas começaram a dar canja e quando olhamos tinhamos bateria, baixo, teclado, guitarras. Quando a apresentação era acústica eu assumia o violão e a segunda voz. Quando virou banda passei pra bateria porque queria experimentar ritmos diferentes. O primeiro baixista foi Junior Mantovani que hoje faz parte do grooe. Depois experimentamos outras formações mas a coisa se consolidou como quinteto. Compomos e tocamos de 2005 a 2007. Dei uma parada por causa da nossa escola mas na minha cabeça nunca pensei em desistir de dar continuidade a esse trabalho: sempre me imaginei com eles fazendo uma mistura maluca de sons gringos com brazucas, letras inteligentes mais o groove forte do André que é um cara que ta sempre aberto a experimentações. Por isso to só esperando dar uma acalmada no tempo e sobrar uma grana pra gente voltar a se reunir e gravar um CD demo com uma boa qualidade. Da formação clássica somente os três mosqueteiros continuam: eu, meu irmão e André. Dos “dissidentes” que continuam amigos, cada um foi seguir seu caminho: Adriana foi Seguir sua carreira em Educação Física e Jonas foi fazer facudade de administração. E já nesse semestre as coisas estão se encaminhando. Já tudo se engatilhado pra entrada do meu amigo de dez anos e ex aluno Edson Machado assumir as guitarras. Novas composições, novas idéias, novos desafios estão por vir. Enquanto não rola a gente canta Pato Fu: “tempo, tempo, mano velho falta um tanto ainda eu sei...



postado ao som de “Abri os Olhos” (Sandy e Junior)

sábado, 14 de fevereiro de 2009

TEORIA X SOCIOLOGIA

"Existem muitas maneiras de fazer música. Eu prefiro todas." (Gilberto Gil)



Não tem jeito mesmo. Hoje comecei uma nova turma de teoria e por mais que eu me contivesse, por mais que me policiasse, no final da aula comecei a falar da história da música brasileira comparando Jovem Guarda com Bossa Nova, passando pela Tropicália e aí pra entrar na questões sociais, ditadura, AI5, movimentos de esquerda e mais um monte de babozeiras que não tinha nada a ver com aquela aula de música foi um pulo. Acabei falando demais e quando comecei a comparar artistas como CPM22, Aviões do Forró, Calypso, Sorriso Maroto e Sandy e Junior o pessoal começou a torcer o nariz. Quando propus então a mistura de todos esses elementos coma a melodia da Joelma com a letra do badaui mais a pegada do Ruqueme a harmonia do Sorriso Maroto e o pop rebuscado da ex dupla de irmãos, foi aí que o pessoal me olhou torto mesmo. Já tô acostumado mas não resisto porque adoro provocar. No fundo, no fundo tento mostrar que em tudo na vida sempre dá pra tirar alguma coisa interessante mesmo do lixo, mesmo na merda. Pena que não deu tempo pra falar de Marxismo, psicanálise freudiana, entre outros.



postado ao som de ”Todo Era Ya Previsto (Riccardo Cocciante)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

PRIMEIRO ENSAIO

“A música é a linguagem que me permite me comunicar com o para além.” (Robert Schumann)


Fiz hoje o primeiro ensaio com a banda de baile que montamos. Consegui juntar todo mundo e a estréia foi no estúdio do Mariano Brow. Além dos quatro já citados aqui foram também o João Paulo, um aluno meu de bateria, e a Tatiane, aluna de canto do Régis. Paulo mandou muito bem na bateria e tocou muito de improviso já que não teve tempo de estudar todas as músicas, principalmente as internacionais que ele não conhecia. A Tatiane mostrou que tá pronta e mesmo lendo a maioria das letras, se deu bem porque tava com as melodias na cabeça. Henrique nem encostou no saxofone porque as músicas selecionadas não tinha arranjo pro seu instrumento mas segurou bem a bronca no teclado e fez a base que a gente precisava. Régis dividiu os vocais com a Tati e foi o cara que deu as dicas em relação a andamentos e a dinâmica das músicas. Daniel ficou no contrabaixo e ajudou fazendo a cama pra gente. E eu, que dei uma de Romário e não estudei como deveria, fiquei na aba do meu irmão lendo suas cifras ou tocando de ouvindo as músicas que já dominava. O nosso primeiro encontro serviu pra gente se conhecer e sentir o clima das músicas. Das dez que escolhemos pra começar destaco Cruisin (Huey Lewis e Gwyneth Paltrow), Do That Thing You Do (The Wonders), La Barca (Luis Miguel), One (U2) e Esperando na Janela (Gilberto Gil).


postado ao som de “Cara Estranho” (Los Hermanos)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

PRESSA

“Um homem é um sucesso se pula da cama pela manhã, vai dormir à noite e, nesse meio tempo, faz o que gosta." (Bob Dylan)


Semana passada um grande amigo que foi morar no Paraná me ligou. Maurício de Paula, que foi meu parceiro e vocalista na banda Gato Preto, tava querendo umas músicas pra mostrar pra uma cantora de Campinas chamada Tatiana Rocha que tá preparando seu novo CD. Conheço alguma coisa dela porque ele já tinha me mostrado o seu trabalho em 2006 que foi quando ele conheceu a moça. De cara fiquei meio cabreiro de mandar minhas músicas pra ele apresentar pra ela porque as gravações que tenho não são boas e os arranjos estão mais puxados pra uma onda mais pop rock com harmonias mais simplificadas. E pelo que ouvi dessa ótima cantora, ela parece seguir uma linha mais tradicional da MPB com bastante violão e arranjos mais rebuscados. Mas ele me convenceu dizendo que descobriu um monte de músicas legais numa coletânea que montei com as várias bandas que eu participava naquela época e que tava apaixonado por várias daquela safra . Pediu pra que eu mandasse o áudio delas até o final dessa semana mas infelizmente não tive tempo de mexer em nada. Só me restou mandar as letras e as cifras e ele ficou de gravar com um músico de lá.

Pois é assim que segue a minha rotina. Quero tanto divulgar meu trabalho, fazer com que mais pessoas conheçam minhas composições e quando pinta uma pequena oportunidade de mostrar meus sons minha vida atribulada não permite. É por essas e outras que preciso urgentemente entrar num estúdio e gravar todas as músicas que compus nesses últimos anos. Nem que seja acústica, com voz e violão mesmo, mas com boa qualidade. Tenho muitas idéias de arranjos mas como a grana tá curta vou tentar montar vários CDs sem muita viagem pra mostrar pros amigos, alunos, e quem sabe até executar esse material em algum sarau ou centro cultural. Saco, não vejo a hora de voltar a tocar minhas músicas...


postado ao som de“Be Here To Love Me” (Norah Jones )

domingo, 8 de fevereiro de 2009

MYSPACE


“Realize o seu próprio sonho. Você mesmo vai ter de fazer isso. Eu não posso acordar você. Você é quem pode se acordar." (John Lennon)


Depois de uma briga desgraçada com os códigos HTML e mais um monte de coisinhas desse troço chamado layout, consegui montar e dar uma turbinada na minha página. Falta colocar uns vídeos decentes que ainda não consegui digitalizar (as velhas fitas de vídeo!). E vídeos do Youtube de outros artistas também não tô conseguindo inserir. Mas pelo menos tá tomando forma e dá pro pessoal ouvir algumas composições. Pena que estão mal gravadas mas é melhor ser fanho do que não ter nariz.



postado ao som de “Tin Tin Deo” (Marina de La Riva)

sábado, 7 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O NÚCLEO

"Eu não consigo imaginar que alguém possa começar uma banda apenas para se tornar famoso, parecer legal e ganhar garotas." (Kurt Cobain)


Finalmente conseguimos nos reunir pra montar o repertório pra banda de baile. O grupo, que provavelmente será o núcleo da banda, já tá bem definido: eu, o Regis, o Daniel e o Henrique. Cada um sugeriu algumas musicas pra cada estilo mas quem mais opinou foi o Henrique e o Regis. Este praticamente listou todo repertório pois, de todos nós, é o que tá mais atualizado já que tem feito alguns trabalhos com outras bandas. Henrique apresentou muitas coisas de música sertaneja e samba atual porque já trabalhou com estes estilos. Eu levei uma lista pronta de marchinhas, samba enredo e jovem guarda e o pessoal aceitou. No final separamos 10 músicas pro primeiro ensaio que ficou marcado pra próxima quinta-feira. Agora é arregaçar as mangas.


postado ao som de “Aquelas Coisas Todas” (Raul de Souza e Toninho Horta)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

FALHA NOSSA

“Quando entro em meu quarto solitário após um fiasco, este não me fere. Mas se estivesse obrigado a encontrar-me com os olhos interrogadores de minha mulher e ter que lhe dizer que falhei novamente, não poderia o suportar.” (Johannes Brahms)


Putz, tá foda pra escrever aqui. Assunto não falta mas sem tempo, sem tesão, sem disciplina fica difícil. A rotina na escola tá puxada e nem conseguimos organizar nosso material didático pra esse ano ainda. Vou tentar atualizar tudo no próximo fim de semana mas...


postado ao som de “Stand By Me” (Oasis)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

BANDA DE BAILE

"Nunca pensei em atingir uma meta, um objetivo musical. Eu queria era fazer show, só isso. Eu arrumava a banda e tal, mas o máximo que eu pensava para o futuro era fazer aquele show. Eu queria gravar disco, mas não pensava em carreira. Seria uma consequência daquilo que eu estava fazendo." (Cássia Eller)



Durante muito tempo tive vontade de trabalhar numa banda de baile. Não pelo força das apresentações ou mesmo pela grana mas sim pelo aprendizado, pela grande escola que deve ser você ter que tocar vários estilos, passar por muitas situações inusitadas, conhecer pessoas e todo tipo de furada. Eu sempre quis ralar num esquema desses mas nunca consegui entrar numa banda dessas. Conheci muitas bandas de perto principalmente num período longo em que trabalhei no ECAD quando era chamado pra gravar bailes de carnaval. Era muito legal ver os músicos fazendo aquela sonzeira ao vivo e até mesmo sons que você nem se identificava tanto e naquele momento você acabava curtindo. Em algum momento da minha vida devo até ter pensado em montar minha própria banda pois bala na agulha e músicos amigos e competentes pra somar comigo eu sempre tive. Mas nunca me iludi com isso porque sei que nesse meio existe uma grande máfia e é cobra engolindo cobra. Pois quando eu nem pensava mais nisso apareceu uma chance de entrar nesse meio: comecei a dar aula pra um advogado que trabalha com seu irmão numa das mais conceituadas bandas do estilo: a Reveillon de São Paulo. Contando pra mim muitas das histórias do grupo, o Alisson me falou que o cachê da banda atualmente tá em 20 mil e por menos que isso eles não fazem! Conclusão: muitos convites e trabalhos, várias dispensas. E pra quem vão esses trampos? Foi daí que tive a idéia. E se eu montasse uma banda e passasse a bola pra ele? Ele achou a idéia bem legal e me incentivou. Comecei a me articular e pensar nas pessoas. Pois justamente na hora que aparece uma oportunidade dessas olho pro lado e vejo o João Paulo, meu aluno de bateria que é uma máquina de tanta técnica e versatilidade; conheço o Henrique, nosso professor de saxofone que também canta, toca flauta, teclado, trompete, acordeão, violão e mais 127 instrumentos! E como o Régis já tá trabalhando nessa área e também resolveu encampar o projeto, vi o time formado. Pela primeira vez acho que vou usar todo meu background pra organizar essa turma, tirar músicas, escrever arranjos pra vários instrumentos... Vou ser o chefão, o maestro. Na verdade não. Quero apenas conduzir meus companheiros num objetivo em comum onde todos vão ganhar, todos vão opinar, todos vão sugerir, todos vão contribuir. Então não sou o presidente do clube, não sou o diretor e nem o técnico. Talvez o capitão que deve exercer sua função e pedir a compreensão de todos na hora de impor algum esquema tático. Mas todos tem que chutar pro gol, né? Tô otimista e muito curioso pra juntar essa moçada. Se não houver egos, vaidades, arrogâncias, estrelismos, preguiças, preconceitos, picuinhas, sexo, drogas e rock and roll com muitas groupies, acho que pode dar certo. Vamos tentar.



postado ao som de”Mentiras” (Adriana Calcanhoto)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

MEU ROL

“O único que fica por fazer é cumprir com o próprio dever.” (Félix Mendelssohn)


Semana começando, mês também, e outra lista pra eu me programar. A partir de hoje vou falar das coisas que quero e tenho que fazer na minha vida pessoal pra rescussitar o músico que ainda vive em mim.

  1. BANDA DE BAILE – banda de trabalho que tô montando com alguns professores e alunos
  2. MYSPACE – página pessoal pra divulgar meu trabalho como compositor e intérprete.
  3. CDs SOLO – quero montar alguns pra resgatar e apresentar algumas das mais de 80 canções que tenho.
  4. BOOK/RELEASE –pra seguir num trabalho solo vou precisar bater em algumas portas e mostrar um pouco da minha “carreira”.
  5. COLETÂNEA – tenho que resgatar esse material com algumas bandas que tive. Várias parcerias e vários estilos.
  6. DUKE VIZONI – voltar com uma das bandas mais interessantes que já tive. Misturando pop, rock, MPB, nela toco bateria e faço backing vocal.
  7. DUO FARIA – voltar também com o dueto de música instrumental (2 violões) que montei com meu irmão em 1998 e que tá parado mais de dez anos.
  8. ARRANJOS/GRAVAÇÃO – aprender a operar com programas de áudio pra fazer arranjos e gravações das minhas músicas.
  9. CD DE VERSÕES – gravar canções obscuras de diversos artistas com nova roupagem e interpretação.
  10. MUSICALIZAÇÃO CASEIRA – tomar vergonha na cara e começar de vez a ensinar música pras minhas filha.

postado ao som de “Romanza” (Sebastião Tapajós)