domingo, 15 de fevereiro de 2009

DUKE VIZONI

“Demasiados compositores de nossa época pretendem ser "modernos", sem possuir o dom da originalidade. E não compreendem que todo artista original é moderno por força.” (Heitor Villa-Lobos)

Quando conheci esse grande cantor chamado André Machado ele tinha acabado de sair de um grupo de samba naquela época onde o pagode mela cueca tinha explodido: era 1996, 1997. Nos encontramos quando fomos contratados pra fazer uma serenata, ele na voz e eu no violão. Foi dali que tudo começou. Me apaixonei pelo seu timbre vocal, pela musicalidade, interpretação e pelo jeitão simples de ser. Talento nato. Convidei o bonitão pra formar uma dupla e tentar descolar uns trocos nos botecos da vida. Na hora de batizar o duo quis sair do óbvio e pensei em duque. Mas duque o que? Olhando o dicionário bati o olho na palavra vison (de casaco de vison) que remetia a uma coisa fina, chique, de valor. Pronto! Duque Vison. Começamos a tocar em alguns lugares com esse nome covers de MPB e pop rock. Puta som bonito mas o que me chateava era quando todos vinha nos saudar com um “valeu Duque Vision!” Essa porra dessa sonoridade gringa na ultima palavra quebrava o sentido do que eu queria passar, do que o nome representava. Viadagem minha ou não radicalizei e resolvi mexer em todo o nome. Virou Duke Vizone. Nunca mais ninguém veio com esse papinho de nome de banda em inglês, nem falaram mais errado. A partir de 2003, a coisa cresceu, outras pessoas começaram a dar canja e quando olhamos tinhamos bateria, baixo, teclado, guitarras. Quando a apresentação era acústica eu assumia o violão e a segunda voz. Quando virou banda passei pra bateria porque queria experimentar ritmos diferentes. O primeiro baixista foi Junior Mantovani que hoje faz parte do grooe. Depois experimentamos outras formações mas a coisa se consolidou como quinteto. Compomos e tocamos de 2005 a 2007. Dei uma parada por causa da nossa escola mas na minha cabeça nunca pensei em desistir de dar continuidade a esse trabalho: sempre me imaginei com eles fazendo uma mistura maluca de sons gringos com brazucas, letras inteligentes mais o groove forte do André que é um cara que ta sempre aberto a experimentações. Por isso to só esperando dar uma acalmada no tempo e sobrar uma grana pra gente voltar a se reunir e gravar um CD demo com uma boa qualidade. Da formação clássica somente os três mosqueteiros continuam: eu, meu irmão e André. Dos “dissidentes” que continuam amigos, cada um foi seguir seu caminho: Adriana foi Seguir sua carreira em Educação Física e Jonas foi fazer facudade de administração. E já nesse semestre as coisas estão se encaminhando. Já tudo se engatilhado pra entrada do meu amigo de dez anos e ex aluno Edson Machado assumir as guitarras. Novas composições, novas idéias, novos desafios estão por vir. Enquanto não rola a gente canta Pato Fu: “tempo, tempo, mano velho falta um tanto ainda eu sei...



postado ao som de “Abri os Olhos” (Sandy e Junior)

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