sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

TIRO NO PÉ

"Eu penso que, no final das contas, nós somos totalmente rebeldes por causa de nossa postura contra aquilo que as pessoas entendem ser rebeldia. Aquela coisa toda de estrelas jogando seus carros dentro da piscina, isso não é rebeldia. Rebeldia começa em casa, em seu coração, em sua recusa de comprometer suas crenças e seus valores.” (Bono Vox)


Não gostei da minissérie "Maysa - Quando Fala o Coração", que acabou hoje. Assisti aos primeiros capítulos e depois desencanei. Além da história não me acrescentar nada, só serviu pra denegrir mais ainda a imagem de uma cantora que pra mim não fedia nem cheirava. Eu que sempre pesquisei personagens da música brasileira, nunca me interesssei pela obra dessa intérprete. Talvez pela sua voz que nunca me tocou ou pelo seu histórico. Assim que a minissérie começou, logo de cara fiquei incomodado com a porralouquice da personagem. Ao mostrar a mulher mimada, arrogante, aproveitadora, instável, desequilibrada, egoísta que foi, acho que o diretor Jayme Monjardim, filho único da cantora, foi muito infeliz na sua “homenagem”. Mesmo romantizando a história, acho que ele queimou mais ainda o filme da mãe. Aposto que muita gente, assim como eu, que não sabia da vida que essa doida levava, se surpreendeu com o comportamento dela em relação ao filho. Se no início vi nela um Cazuza de saia, no último capítulo vi que a coisa era mais feia ainda no diálogo da cena em que ele, o Jayminho, faz as pazes com a mãe. Pelo menos Cazuza apareceu e aprontou nos anos 80 e não foi um pai ausente (ele nem teve filho!). Não quero ser conservador nem machista. É que fico grilado quando ouço comentários de algumas jovens que festejam a figura da pinguça de carteirinha. Tô vendo que agora ser cachorra e mãe desnaturada virou sinônimo de mulher livre, de personalidade forte e a frente de seu tempo. Acho que agora já sei quem foi a maior influência da Amy Winehouse.


postado ao som de “Todo Amor Que Houver Nessa Vida” (Cássia Eller)

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