sábado, 11 de abril de 2009

XAROPE X REI DO POP

"Que a arte me aponte uma resposta mesmo que ela mesma não saiba. E que ninguém a tente complicar, pois é preciso simplicidade pra fazê-la florescer” (Oswaldo Montenegro)

No início da minha adolescência na década de 80 comecei uma coleção que mudaria vida. Como não tinha grana pra gastar com discos, a única forma de ouvir música era com meu velho rádio gravador ou apelar pras fitas k7. E lembro como se fosse ontem: eu com minhas 3 primeiras fitas ouvindo sem parar e sem enjoar. Ouvia um lado, virava, ouvia o outro, virava novamente e começava tudo de novo. Assim conseguia me familiarizar com alguns artistas e esse ritual se repetiu por muito tempo, por vários anos. Com o passar deles as fitas chegaram a 1.800 só parando com o advento do cd e do mp3. Mas no início eram somente 3 . Uma do primeiro disco do Barão Vermelho lançado em 1982, uma da Blitz também daquele ano e a outro do Michael Jackson. Essa fita continha os grandes sucessos do Jackson Five, algumas canções do início da carreira solo e umas gravações ao vivo onde ele mostrava seu potencial vocal num som mais disco music. O fenômeno “Thriller” ainda não tinha sido lançado e eu começava a conhecer e admirar um artista que tava chegando no seu auge. Essas músicas me marcaram profundamente e carrego até hoje na minha memória sonora os detalhes dos arranjos, a respiração e os gritinhos nessa ou naquela música. Baladas com “Ben” ou “Music And Me” me remetem à minha infância num piscar de olhos. As versões ao vivo de “Rock With You” ou “Don't Stop 'til You Get Enough” (que num futuro viria a se tornar a abertura do programa Vídeo Show) também são inesquecíveis. Os anos se passaram, minha coleção aumentou, passei a ouvir outros sons e a ser mais seletivo e preconceituoso. Mesmo pirando no solo super criativo do Van Halen em “Beat It”, deixei um pouco de lado o Michael e fui ouvir rock sem saber que no meu íntimo aquele som já tinha feito seu “estrago” em mim. Fui aprender e curtir outros gêneros enquanto o rei do pop se tornava um dos artistas mais vendidos e consagrados do mundo. Pena que sua infância tenha sido tão difícil a ponto de ter deixado o moço perturbado. Mas hoje, mesmo sabendo das excentricidades do cara, mesmo sabendo que os novos trabalhos que produziu não são tão interessantes, reconheço o talento e a importância desse artista. Resolvi então montar uma coletânea com os grandes momentos da sua carreira. Fiz essa seleção pra mim e pra minhas filhas. Pra mim porque hoje em dia ouço tudo diferente, ouço coisas que não ouvia há 20 ou 25 anos atrás. Viajo nos instrumentos e nos arranjos do grande maestro Quincy Jones, produtor do Michael em vários trabalhos. Pras minhas filhas achei interessante porque vão ouvir um cantor que chega a passear por quase 3 oitavas em canções pop de muito bom gosto ou músicas dançantes que são contagiantes e levantam o astral de qualquer um.

Postado ao som de “Miss You Love” (Silverchair)

1 comentário:

  1. Oláaaaa...Prof.!!!!
    Agora só de 6ª feira né!!! rs
    Então...eu não sei se vc já viu, mas eu ví já faz um tempão esse clip e eu acho lindo.
    Eu prefiro essa versão, a original, pq as traduções que eu vejo por aí não são reais!
    Não sei se vc já viu mas clique nesse link abaixo e veja...Tem que ver até o final se não vc não entende!
    Até sexta feira...! Já vou avisando...é bem tristinho! rs

    =)

    http://www.youtube.com/watch?v=Hhm4USUe3ng

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