sábado, 22 de agosto de 2009

PRA NÃO VIRAR ABÓBORA

"Eu queria me mostrar. Cantava para arranjar broto e para mostrar para o meu pai que eu era o bom." (Cazuza)

Ontem fomos com a Rose num bar da Paulicéia pra conhecer o espaço e ver qual o repertório que combina com eles. A Rose trabalhava como promotora de eventos no interior de São Paulo numa cidade chamada São João da Boa Vista. Se mudou pra Diadema faz pouco tempo e logo que chegou começou a aprender contrabaixo na nossa escola com meu irmão. Ela é eclética mas seu forte é o country, estilo que predominava nas bandas que empresariava. Desde o mês passado vem procurando espaços pra gente tocar. Pediu pra banda ir com ela nesse bar pra conversar com o dono e talvez até dar uma canja. Fomos no esquema de power trio: eu, Daniel e Paulo, já que o Henrique (voz, teclado e sax) tava ocupado. Mesmo assim com guitarra, baixo e bateria dá pra montar um repertório extenso, ainda mais se tratando de pop rock e blues. E era esse último o gênero da banda que foi se apresentar lá. O grupo chegou bem atrasado e pra minha surpresa o vocalista era um ex aluno que já havia participado de uma banda de blues que montei há alguns anos. O Alexandre, mais conhecido como “Don King”, me falou que tava tocando ali duas vezes por mês e me mostrou seu repertório que continha vários clássicos de blues e hard rock. Muita coisa legal: B.B. King, Deep Purple, Stevie Ray Vaugham, Led Zeppelin, Me lembrei da época que eu tocava blues. Há uns dez anos atrás montei essa banda só de brincadeira e batizei de “Irmãos Perna de Pau” (fazendo um trocadilho com “Irmãos Cara de Pau”). Nela fui tocar bateria e chamei o Alexandre pra cantar porque achava que seu timbre era diferente e sua voz forte, que às vezes lembrava a JanisJoplin quando berrava ou rasgava. Porém tinha dificuldades pra afinar e isso me fez desanimar depois de alguns shows. Mas o cara tá aí na luta, tentando melhorar na estrada. Isso é que faz a diferença, quer dizer, mesmo sem ser um grande músico o bicho é perseverante e conseguiu reunir com alguns amigos a clássica formação guitarra-baixo-bateria. Assim, com esse trio pra fazer o acompanhamento, tá trabalhando e aprendendo. Como a banda dele demorou muito pra começar e a gente tinha compromisso logo cedo, fomos embora sem dar uma canjinha e sem ver os caras tocando. Mas conhecemos o dono da casa e deixamos engatilhada uma participação ali qualquer dias desses.

Postado ao som de “Tezas Flood” (Stevie Ray Vaugham)

Sem comentários:

Enviar um comentário