domingo, 2 de agosto de 2009

DESCOBERTAS

"Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria, isso pra mim é viver." (Djavan)


Hoje o dia amanheceu ensolarado e eu comemorei. No meu intimo festejei muito porque já não agüentava mais dias cinzentos me arrastando mais pra baixo. O sol me dá motivação, me passa uma energia legal, e aí quando lembro daquela letra do Jota Quest respeito mais ainda o grupo que com um texto tão pequeno falando o óbvio consegue traduzir um sentimento, uma esperança de que dias melhores virão. Comemorei também o aniversário do Mauro. Ele tá fazendo cinquentinha mas tá com um pique de garoto. O moço faz aula com meu irmão desde o início do ano e já virou nosso sócio. Trouxe com ele sua filhota Stefanie e o namorado dela, o Lucas. Pessoal bacana que tá sempre aberto pras nossas viagens com a música. Cada dia que passa admiro mais esse trio. E foi com eles que passamos o domingo. Nesse clima quente tivemos a oportunidade de desfrutar de um fabuloso churrasco em sua residência e a honra de compartilhar com seus familiares e amigos momentos divertidos e inusitados. Além de mim, foram também meu irmão e o Henrique, o professor de sax e canto. Fomos convidados pra agitar a festa e fizemos um barulho daqueles de deixar qualquer banda de garagem com dor de cotovelo tamanha bagunça e notas na trave. Como nosso baterista não pode ir nós três ficamos nos revezando nos instrumentos e por isso nenhuma música saia redonda. Mas o importante é que brincamos, descontraímos e pudemos tocar sem a preocupação e a responsabilidade de não errar. E isso é que fez nosso domingo diferente e especial. O Henrique ficou experimentando levadas na bateria e acabou descobrindo que também sabe fazer uma graça por ali. Ficou todo bobo. Também empunhou um contrabaixo e saiu tocando mesmo sem nunca ter colocado as mãos nesse instrumento. Já meu irmão desencanou um pouco da música e por uns instantes foi jogar sinuca. Naturalmente não se deu muito bem mas foi engraçado ver o mano brigando com o taco. Enquanto ele tentava encaçapar algumas bolas eu me deliciava com um karaokê. Depois de vinhos, caipirinhas e uísques, soltei a franga no microfone e fiquei quinem criança com meu novo brinquedinho. Além de encrencas como “Flor de Lis” do Djavan, “Deixa Chover” do Guilherme Arantes ou “Saigon” do Emílio Santiago, cantei em dueto com o Henrique alguns clássicos sertanejos, solei canções de ídolos como Legião, Lulu Santos e Roupa Nova e até arrisquei um Queen, pagando um mico, é claro. Mas como diria o grande mestre Jorge Benjor: foi “tudo em nome da alegria, tudo em nome do amor!” Adorei tudo, da recepção, passando pelo rango até a simpatia de toda moçada gente fina que tava por lá. Queria deixar registrado aqui meu agradecimento a esse cara incrível chamado Mauro que nos proporcionou um ótimo dia e fez com que a gente se descobrisse um pouco mais. E se o Henrique percebeu que tem o jeito pra tocar baterista, se meu irmão se permitiu brincar num jogo de sinuca, descobri que sou um grande cantor de karaokê e confirmei o que eu já desconfiava: eu sou bipolar!


Postado ao som de “Forever” (Chris Brown)

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