segunda-feira, 14 de setembro de 2009

NOVEMBRO

“A sinceridade é uma abertura do coração. Encontramos ela em muito poucas pessoas, e essa que vulgarmente por aí se vê não passa de uma astuta dissimulação para atrair a confiança alheia.” (Duque de La Rochefoucauld)


Não entendo tudo que vivi

Nem confio no que aprendi

Senti falta do que não queria

E voltei a ser como nunca fui

Percebo a insanidade do que é sagrado

E o corpo inquieto falindo onde antes era só carinho

E a tua coragem de assumir a covardia

Com o golpe delicado e a verdade bruta


Foi difícil acreditar

Que tudo deu em nada

E que todo mal que ficou tão perto

Vinha assim de ti


Perdi tempo procurando solução

Até compreender sua incompreensão

Meus olhos cansados nunca mais buscarão

Aos seus indiferentes

E a última lágrima você não verá

Te quis, te amei, te odiei como ninguém

Meu coração ainda chora

Ele sabe que agora

Não há mais nada a se fazer


Quase derrotado descobri meu poder

Quem sabe saber ao inimigo agradecer?

O vulto de quem deu o melhor

Se perderá pra sempre em seu passado


Vou recomeçar sempre que precisar


Letra escrita em 1991 que fala de traição.



Postado ao som de “Samba do Grande Amor” (Chico Buarque)


2 comentários:

  1. Nuus essa músiica tá muito da hora...

    'mais tá realmente muito na cara ki é de traiição...

    ...Camila

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  2. Indescritível a sensação maravilhosa de estar vendo o que vc escreve novamente!!! Amo dmais o seu talento de prender as pessoas com suas idéias e pensamentoss tão iguais aos meusss!! Amu-teeee!!! Pri docinho!!

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